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sexta-feira, 22 de junho de 2012

USO DE AGROTÓXICOS DEVE OCORRER DE MANEIRA RACIONAL

Especialista defende aplicação de defensivos com assistência técnica, descarte correto de embalagens e limpeza de equipamentos
O grande problema não é o uso do agrotóxico, mas a utilização de produto sem registro ou sem receita de engenheiro agrônomo. A ideia é defendida pelo diretor presidente da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), Inácio Kroetz. Segundo ele, hoje os defensivos são mais utilizados em culturas de grande escala como soja, milho, cana-de-açúcar, tomate e olericultura em geral.

No entanto, ele defende a necessidade de usar os agrotóxicos com assistência técnica, boas práticas de aplicação, conservação e descarte de embalagens, além da limpeza correta dos equipamentos. Segundo Kroetz, outros problemas são as dosagens utilizadas e o prazo entre a aplicação e a colheita que precisa ser respeitado.

De acordo com ele, os produtos são cada vez mais seguros, mas as pessoas fazem uso inadequado, sem utilização de equipamentos protetores de segurança. ''Quando o agrotóxico é usado adequadamente não há risco'', disse.

O tema está sendo discutido no 10º Encontro de Fiscalização e Seminário sobre Agrotóxicos (Enfisa) que acontece até amanhã, em Curitiba. Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde mostra que cerca de 5 mil pessoas são contaminadas por ano no Brasil, devido ao mau uso do agrotóxico. Destas, 100 chegam a morrer. O 10º Enfisa reúne mais de 100 participantes de todo o País.

O secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, disse que o Paraná tem registrado uso excessivo desses insumos, mas com a Lei Estadual de Agrotóxicos, em vigor há 30 anos, essa prática está sendo feita de forma racional. ''Apesar disso, a agricultura paranaense se destaca entre os estados brasileiros no bom uso do produto'', disse.

O Enfisa é realizado uma vez por ano com o objetivo de harmonizar as legislações e os procedimentos referentes à fiscalização de agrotóxicos de todos os estados do Brasil. Trata-se de uma parceria entre os setores público e privado. A cada ano o trabalho vai se aprimorando, com a participação efetiva dos fiscais agropecuários e dos profissionais das indústrias de agrotóxicos.

O coordenador-geral de Agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Luiz Rangel, disse que o Paraná conseguiu abrir os olhos de outros estados no que se refere à preocupação do consumo de alimento mais seguro. Fiscalizar embalagens inadequadas, produtos falsificados, roubados ou contrabandeados, já fazem parte do trabalho de rotina dos fiscais agropecuários paranaenses.

No final do encontro será apresentada uma série de metas a cumprir até o próximo encontro em 2013. Segundo Rangel, são metas de fiscalização, de avaliação da qualidade dos insumos e de revenda dos agrotóxicos, e a necessidade de envolvimento de outros setores no sistema.

Andréa Bertoldi - Folha Web

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