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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

NO RIO, MORADORES DE FAVELA TÊM HORTA ORGÂNICA EM LAJES

Adelina dos Santos, 52 anos, até brinca - nunca havia ganhado um diploma. O documento não passa de uma prova do que a ex-empregada doméstica, desempregada há dez anos, aprendeu: fazer uma horta de frutas, temperos e legumes orgânicos no quintal da casa em que mora no Morro Chapéu Mangueira, no Leme, zona sul do Rio de Janeiro.


"Quando eu era nova, não gostava de planta. Nada que eu plantasse pegava. Depois que fiquei velha passei a gostar e tudo dá fruta", diz Adelina, que herdou um pé de manga e um de abacate na casa onde mora, ambos plantados por sua mãe.

Depois de um curso que durou quatro meses e ofereceu estrutura para 10 hortas comunitárias - com calhotes e até minhocário para reciclar resíduos orgânicos e transformá-los em adubo -, outros 15 moradores como Adelina foram capacitados não apenas para plantar, mas para saber consumir produtos mais saudáveis. No futuro, o objetivo é que estas pequenas plantações possam até completar o orçamento de suas famílias. A colheita, ao que tudo indica, começa no final do ano.

"Já tenho cinco clientes que querem os produtos e tem até uma amiga minha que quer que eu monte uma horta para ela lá na Ladeira dos Tabajaras (outra favela da zona sul, em Copacabana). Planto cebolinha, salsinha, beterraba, cenoura e feijão. Vou usar as folhas do pé de feijão para adubar a horta", explica, já mostrando um pouco do conhecimento adquirido.

A concretização do projeto, organizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), é uma surpresa para quem nem acreditava que era possível fazer agricultura dentro de casa, na própria laje, numa favela superpovoada.

"Achava que agricultura era no campo. A gente não tinha uma visão de como fazer. Agora nos foi mostrado que numa área mínima se pode fazer", conta Luiz Alberto de Jesus, 52 anos, dono de uma laje ampla onde estão a sua horta e a de mais quatro colegas de curso. "Quando ouvia falar de agricultura orgânica, não tinha conhecimento. Primeiro porque é um produto muito caro. A gente vê isso no comércio, mas não é acessível. Não temos costume de usar. Agora produzindo a gente já sabe e vê que não tem mistério. Não sei por que cobram tão caro."

Já tem morador do Chapéu Mangueira que passa mais tempo na horta do que com a família, reclama a temida Dona Sônia, mulher de João Baptista, ex-motorista e mais um aluno formado pelo curso. Quem conta a história às gargalhadas é ele próprio, que foi proibido de plantar cebolinha pela esposa. "Ela está traumatizada porque escorregou numa cebolinha no supermercado e machucou o joelho. Teve que fazer uma cirurgia, colocou uma placa e cinco pinos. Mas aos poucos a gente vai convencendo", afirma ele, que tem a ajuda do neto Daniel na horta.

A horta de João é uma das mais avançadas da turma e reflete bem o tipo de pensamento que os professores do curso de agricultura orgânica queriam: formar empreendedores. Ele até já iniciou conversas com os colegas para fazer uma feira de produtos orgânicos em pleno Chapéu Mangueira a preços muito mais acessíveis para os moradores.

E mais: quer plantar uma horta dentro da própria casa, derrubando o mito de que é necessário pelo menos um espaço mínimo. "Vou mostrar para eles que é possível, que meu projeto funciona. O pessoal não acredita, nem minha própria esposa. Mas já plantei até romã, maracujá, amora na minha laje. Por que não posso plantar dentro de casa também?"

O curso de agricultura orgânica do CEBDS é o primeiro a ter uma turma formada, mas há outras frentes sendo levadas a cabo no morro do Chapéu Mangueira e Babilônia, como melhorias habitacionais sustentáveis, infraestrutura verde, turismo comunitário, empreendedorismo local, sustentabilidade nas escolas e gestão comunitária de resíduos sólidos. O investimento, na casa de R$ 7 milhões, é feito por empresas privadas parceiras.


terça-feira, 28 de agosto de 2012

SUPERMERCADO PROMETE BARATEAR O PREÇO DE PRODUTO ORGÂNICO


Um lugar para comprar banana orgânica a preço de banana é o mundo ideal de vegetarianos, ambientalistas e simpatizantes.

Mas, na vida real, o consumidor brasileiro ainda tem que suar para encaixar no orçamento doméstico as compras de alimentos produzidos a partir de princípios chamados sustentáveis, quase sempre muito mais caros que os outros, por isso mesmo.

A proposta do supermercado Apanã, na zona oeste de São Paulo, é inverter essa lógica e democratizar o consumo de produtos que ainda são rotulados como alternativos.
 Mercado Apanã, único do gênero, que acaba de ser aberto em Perdizes, zona oeste de São Paulo


Lojas que têm versões orgânicas para todos os itens de uma lista padrão de supermercado e as vendem a preços competitivos são comuns na Europa e nos EUA.

Por aqui, as ofertas de orgânicos e naturais estão pulverizadas em diferentes pontos de venda, a maioria muito mais para empório chique do que para supermercado - com variedade de produtos limitada e preços condizentes com o luxo.

A estratégia do Apanã é oferecer tanto variedade quanto bons preços --na semana passada, o quilo de banana orgânica valia R$ 3,20, contra R$ 4,12 o da banana comum no site do supermercado Pão de Açúcar.

Nem todos os itens são mais baratos que os não orgânicos, mas o lugar está se esforçando para "bater" os preços dos concorrentes diretos. Com alface a R$ 1,50, tomate por R$ 7,90 o quilo e morangos (350 gramas) a R$ 5,69, concorre com grandes chances na categoria "melhores preços" de orgânicos.

Não é só amor à causa. Segundo um dos sócios do Apanã, o português Miguel Carvalho, é lógica de mercado.

Uma pesquisa realizada pelos empreendedores antes da abertura do negócio identificou um milhão de consumidores habituais de orgânicos, naturais e afins na cidade de São Paulo.

Agora, esse público pode se divertir em um só lugar, sem ter que pagar tão mais caro por sua escolha.

Além de hortifrútis, a loja reservou várias prateleiras para produtos de limpeza e para cosméticos naturais.

Há também uma boa oferta de grãos, sementes e frutas secas a granel, e de congelados para a turma que não come carne. O bufê de almoço tem opções de culinária viva, vegana e ovolactovegetariana por R$ 17.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1140165-supermercado-promete-baratear-o-preco-de-produtos-organicos.shtml

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ALIMENTOS ORGÂNICOS ESTÃO MAIS ACESSÍVEIS


A chef Teresa Corção vai à feira e enche a geladeira por uma semana, com R$ 50,00.



RIO - O que se faz em uma feira de orgânicos com R$ 50? Enche a despensa de duas pessoas, por um semana, como mostra a chef Teresa Corção, presidente do Instituto Maniva, em uma visita à feira da Praça Nossa Senhora da Paz, que acontece às terças, em Ipanema. A convite do GLOBO, a chef, que tem levantado a bandeira em defesa desses produtos, mostra como é possível encontrar itens a preços cada vez mais competitivos.

A cesta de Teresa leva mostarda roxa (R$ 2), espinafre (R$ 2), um dúzia de limão galego (R$ 5), meio quilo de cebola (R$ 3), um litro de leite ( R$ 6,50), 1 quilo de feijão (R$ 7) e outro de arroz agulha (R$ 7,50), erva cidreira (R$1,50), alface romana (R$ 1,50), um molho de cenoura (R$ 3) e outro de beterraba (R$ 3), rúcula (R$ 2), 1/2 quilo de maçã (R$ 4), 1/2 dúzia de ovos (R$ 2,50), taioba (R$ 2) e uma lima, para fechar conta, por R$0,50.

- Só de ver o colorido já dá para ver o valor. Aqui tem muita clorofila, ferro, vitamina C, vitamina K, proteína animal, carboidratos e frutas - diz, enquanto observa a cesta ao final das compras.

A grande diferença, como ela aponta, é que absolutamente todas as partes das hortaliças e legumes podem - e devem - ser aproveitadas na hora das refeições.

- Diferente de um produto tradicional, em que o alimento está completamente tomado por agrotóxicos, estes são totalmente nutritivos - explica, citando talos de salsa e espinafre, como exemplo, além da folhagem da cenoura que pode virar um molho pesto.

Outro ponto destacado por ela é a garantia de frescor dos alimentos. É o caso das hortaliças vendidas na barraca de Fátima Anselmo. A produtora de Areal colhe os vegetais no fim da tarde anterior à feira e, às 3h, segue para o Rio para comercializá-los.

- As pessoas cuidam de seus produtos como se fossem filhos. Elas têm orgulho de mostrar o que acabaram de colher.

Na concepção de Teresa, além de ser um hábito saudável, dar preferência a esse tipo de produto, não deixa de ser uma ação de cidadania. Isso porque, os orgânicos contam com selos que garantem a não utilização de substâncias químicas e até mesmo mão de obra infantil. Além disso, por conta de serem, muitas vezes, oriundos da agricultura familiar, há menos emissão de gás carbônico no transporte, já que esses alimentos vêm de regiões próximas à cidade.

Preços competitivos

Há pouco mais de dois anos, há única feira nesse perfil existente na cidade era a da Glória. Hoje, elas já acontecem em seis pontos da cidade, formando o Circuito Carioca (veja os locais abaixo), que envolve 110 produtores associados e movimenta cerca de 2,5 milhões por ano. Gerente de três feiras do grupo, Carlos Alberto Serafini trabalha com agricultura orgânica desde 1988. Segundo ele, o sucesso desse comércio já representa uma transformação social no campo, em que o ramo voltou a ser atrativo para muitos trabalhadores.

- Além disso, visto a estabilidade trazida pelo circuito, está havendo uma migração de produtores convencionais para o orgânico.

Já para o consumidor, a feira guarda uma vantagem extra, segundo Serafini. Há um acordo com a Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Solidário em que as feiras precisam atuar dentro dos princípios do comércio justo. Dessa forma, há um compromisso da parte dos produtores em vender os alimentos com preços até 40% mais baratos que os similares orgânicos encontrados nos supermercados da região.

FONTE: http://oglobo.globo.com/rio-gastronomia-2012/alimentos-organicos-estao-mais-acessiveis-5898208

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

DECRETO CRIA POLÍTICA DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA


Com objetivo de articular e adequar políticas, programas e ações voltados para o desenvolvimento da agricultura sustentável, o Decreto nº 7.794, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de ontem (21/08/12), institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo).

Desde 2010, ocorrem reuniões, encontros e discussões para elaboração de uma política específica para o desenvolvimento da agricultura orgânica, de forma a possibilitar o uso mais racional dos recursos públicos aplicados para o setor e mais eficiência e eficácia das políticas públicas.

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho entende as preocupações da sociedade na busca pela construção de processos produtivos sustentáveis atrelados à importância da produção e consumo de alimentos seguros e saudáveis. Desta forma, Mendes Ribeiro destaca o papel do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) na implementação de mecanismos de controle para garantir a qualidade dos produtos orgânicos e por uma série de iniciativas e projetos que visam a promover a produção desse tipo de alimento no Brasil.

"Todo esse trabalho vem sendo desenvolvido em articulação com várias outras entidades do setor público e da sociedade civil e deverá ser agora fortalecido com a criação da Pnapo", afirmou o ministro.

Além de mecanismos de financiamentos e crédito rural, entre outros, o instrumento norteador do Pnapo será o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) que incluirá a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo) e a Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo).

A Cnapo deverá promover a participação da sociedade na elaboração e no acompanhamento da Pnapo e do Planapo. A comissão é formada por 14 representantes de órgãos e entidades do Governo Federal (ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Meio Ambiente, Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia e Inovação e Pesca e Aquicultura e da Secretaria-Geral da Presidência da República) e 14 de entidades da sociedade civil.

Compete à Ciapo elaborar, em até 180 dias, proposta do Planapo. Esta Câmara será formada por representantes dos mesmos órgãos governamentais, além do Ministério da Fazenda, e de entidades da sociedade civil.

FONTE: http://www.agrosoft.org.br/agropag/222610.htm

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O QUE SÃO COSMÉTICOS ORGÂNICOS


A palavra “orgânico” tem se tornado cada vez mais comum no cotidiano das pessoas, os produtos orgânicos são mais saudáveis tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente, mas essa técnica, que antes era encontrada apenas em alimentos, invadiu o mundo dos cosméticos. Entenda um pouco as diferenças desses produtos e como se deve usá-los.

Primeiramente, é importante entender que as fórmulas dos cosméticos orgânicos são mais suaves e hipoalergênicas, isso significa que não são utilizados componentes artificiais e nenhum tipo de ingrediente sintético, o que faz muito bem para a pele, além de geram um impacto ambiental bem menor. O interessante é que as marcas que produzem esses produtos precisam estar devidamente certificadas e autorizadas por órgãos específicos. Até as embalagens precisam ser recicláveis e biodegradáveis.


Uma das vantagens dos cosméticos orgânicos é o cheiro. Como os aromas são “naturais”, eles são agradáveis e geram bem-estar e equilíbrio, atuando como aromaterapia para os sistemas nervoso e respiratório.

A técnica já correu o mundo e diversas indústrias brasileiras seguem com a produção orgânica, alguns exemplos são: linha Natura Ekos, Éh Cosméticos, Amazônia Natural, Cassiopéia, Surya Brasil, Amazon Secrets e Sejaa. Essas marcas se utilizam das chamadas matérias-primas renováveis. Além disso, elas não utilizam de maneira nenhuma de flores e frutas em extinção e ainda se preocupam em fazer um replantio planejado do que retiram da natureza, dessa forma não prejudicam o solo. Também existe uma preocupação em beneficiar social e economicamente as comunidades envolvidas na produção, como produtores locais e camponeses, que culturalmente não agridem a natureza.

É importante conscientizar-se da importância desses produtos, eles são fáceis de serem encontrados e vale muito a pena experimentar!

FONTE: http://www.aprocura.com.br/o-que-sao-cosmeticos-organicos.html

CONSUMIDOR VALORIZA PRODUTOS ORGÂNICOS, MAS NÃO ABANDONA SACOLINHA

Um levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente mostra que a maioria dos consumidores brasileiros está motivada a comprar produtos fabricados de maneira ambientalmente correta. Segundo o estudo, 85% dos entrevistados se declararam mais propensos à compra de produtos fabricados sem agredir o meio ambiente.

Na mesma pesquisa, 81% afirmaram que teriam maior interesse em alimentos cultivados organicamente. Segundo Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, "a tendência no Brasil, hoje, é de valorizar e comprar o orgânico", ainda que os preços atrapalhem.

Apesar disso, a secretária destacou que os brasileiros mantêm um costume muito prejudicial ao meio ambiente: o uso de sacolas plásticas. A pesquisa mostrou que 58% dos entrevistados nunca levaram a própria sacola ou carrinho para as compras. Além disso 59% não tentaram evitar o uso das sacolinhas.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

MERCADO DE ORGÂNICOS EM CAMPINAS FAZ ENTREGAS À DOMICÍLIO


Para facilitar o acesso de alimentos orgânicos, o Ecomercado Avis rara, empório de produtos orgânicos de Campinas, traz uma nova possibilidade para seus consumidores: a entrega em domicílio.




Segundo Catarina Menucci, idealizadora do Avis rara, o espaço é “um antigo sonho de 20 anos, de criar um espaço de convivência, onde as pessoas possam exercitar o Consumo Consciente em todas as áreas da vida; um modelo inspirador de vida mais sustentável e completo; um espaço onde podemos ‘cocriar’ um mundo mais harmonioso, saudável e justo. O delivery foi criado para facilitar a vida do cliente que não tem tempo ou possibilidade de vir pessoalmente fazer suas compras orgânicas”. Além do empório, o Avis rara abriga também livraria, galeria de arte e serviços como bioarquitetura, paisagismo e ecoturismo.


Ainda segundo Catarina, o serviço já é utilizado principalmente por pais com crianças pequenas, pessoas com ritmo de vida corrido ou que moram em regiões mais distantes da localização da loja física.

Para quem é de Campinas e região: os produtos podem ser escolhidos no site da Avis rara. As entregas são realizadas às sextas-feiras apenas para os pedidos com valor acima de R$ 50,00, na cidade e em regiões vizinhas.

FONTE: http://atitudesustentavel.uol.com.br/blog/2012/08/16/mercado-de-organicos-de-campinas-faz-entrega-em-domicilio/

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

MERCADO DE ORGÂNICOS CONQUISTA SEU ESPAÇO

Com o aumento por demanda por produtos saudáveis e sustentáveis, a indústria de alimentos orgânicos cresce e ganha espaço no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Orgânicos e Biologicamente Sustentáveis (BrasilBio), no ano passado, o setor movimentou cerca de R$ 600 milhões no País e as previsões para este ano são de que o mercado crescerá mais de 20%, chegando a movimentar R$ 800 milhões.



Segundo a pesquisa The Future Report Food – que aponta preferências globais do setor de alimentos – existe uma nova tendência que cultua a saúde e isso reflete diretamente em como as pessoas se alimentam. Assim, orgânicos, mercadorias produzidas de forma eticamente correta e alimentos funcionais são altamente valorizados no mercado.

A pesquisa também destaca que, no Brasil, alimentos orgânicos vêm atrelados a certo status. "Esses produtos são considerados chiques e têm crescido 40% nos últimos anos, dez a mais do que a média mundial", afirma Paulo Al-Assal, CEO da consultoria Voltage e um dos especialistas brasileiros em tendências.

Um exemplo desse "status" são os frangos orgânicos da Korin Agropecuária, que chegam a custar 30% a mais do que os frangos normais e mesmo assim têm altos índices de vendas. Com faturamento de R$ 50 milhões em 2011 e crescimento de 25% ao ano, a empresa investe nas franquias de suas lojas para fortalecer a presença em grandes centros do País.

Pioneira na criação de frangos orgânicos, isto é, livres de antibióticos e de promotores artificiais de crescimento, a empresa planeja terminar 2012 com mais 15 lojas. Hoje, a Korin tem duas franquias, uma no bairro de Vila Mariana, em São Paulo e outra na cidade de Natal (RN), além das cinco outras lojas que estão em construção.

Ovos – Criada em 1994, a Korin aposta na forma japonesa de criação de frangos. Foi a primeira no País a produzir ovos a partir de galinhas criadas soltas, com alimentação totalmente vegetal e livre de antibióticos, pensando no bem-estar do animal. Além de produzirem frango, também oferecem uma linha de ovos com a mesma filosofia, e frutas, verduras e legumes orgânicos. Segundo Luiz Carlos Demattê, gerente industrial da empresa, um fator que contribuiu para o crescimento da Korin foi a regulamentação dos produtos, alcançada com a Lei dos Orgânicos. A Lei, que entrou em vigor em 2011, certifica que apenas os produtos com o selo federal de conformidade orgânica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) sejam comercializados. Para Demattê, a legislação trouxe mais credibilidade aos produtores. "Hoje, os empresários têm mais confiança para investir no mercado e o consumidor em comprar os produtos."

Grandes marcas exploram os produtos funcionais

Seguindo a onda dos alimentos saudáveis, grandes marcas estão investindo na produção de alimentos funcionais no Brasil.

Com propriedades que colaboram para melhorar o metabolismo do corpo, além de fornecerem a nutrição básica, estes alimentos prometem ao consumidor moderno benefícios adicionais à saúde.

Com o mercado em alta, a previsão para o faturamento global em 2014 é a de US$ 29,8 bilhões.

Marcas como Danone e Beauty’In aproveitaram as oportunidades e lançaram linhas especiais de alimentos com propriedades funcionais. O iogurte Activia, por exemplo, lançado em 2004 pela Danone, contém probióticos que ajudam a manter o intestino funcionando. A Becel, por outro lado, aposta na saúde do coração e lança linhas de alimentos funcionais com propriedades que diminuem o colesterol do consumidor, conforme informado.


MINISTRA DEFENDE A AMPLIAÇÃO DO CONSUMO DE ORGÂNICOS NO PAÍS


O consumo de produtos orgânicos no País não pode ficar restrito apenas às classes média e alta. A afirmação é da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. "As práticas já existem no Brasil, precisamos ganhar escala", defende Izabella.

Para Izabella, ainda falta levar os produtos para a rotina do cidadão comum. Segundo a ministra, o Brasil está em um momento de grandes discussões sobre a agroecologia e produção orgânica. "Acredito que estamos na reta final da discussão, no âmbito do governo, do que seria o Programa Nacional de Agroecologia. Nós entendemos que é um dos assuntos prioritários não só pela questão do meio ambiente por causa da sustentabilidade, mas por produzir alimentos mais saudáveis."

Por serem produzidos sem uso de agrotóxicos, adubos químicos ou hormônios, esses alimentos são mais saudáveis e não agridem o meio ambiente. A deputada e idealizadora da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica, Luci Choinacki, diz que as famílias brasileiras devem se preocupar mais com os alimentos que consomem. "O alface, o feijão, não nascem no supermercado, passam por um longo processo até chegar ali."

Luci explica ainda que a atividade tem outros benefícios. "Além de aspectos ambientais, a atividade considera aspectos sociais, éticos e políticos da agricultura, valoriza os saberes populares, o modo de vida camponês e a economia solidária e ecológica."

FONTE: http://invertia.terra.com.br/sustentabilidade/noticias/0,,OI6068724-EI10411,00-Ministra+defende+ampliacao+do+consumo+de+organicos+no+Pais.html

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

EMPREENDENDO NOS ORGÂNICOS

O mercado de orgânicos ganha mais espaço a cada ano, e muitos empreendedores estão de olho neste segmento. No Rio de Janeiro, o bairro da Tijuca ganhou mais uma loja dedicada a produtos orgânicos, é a Naturalmente Orgânicos e Naturais.


A loja conta com produtos como doces, geleias com e sem açúcar, mel, lacticínios, grãos, cereais, entre outros. Semanalmente a lista de ofertas com mais de 150 itens é atualizada. A loja oferece também, às terças, quintas e sábados, uma feirinha com verduras, frutas e legumes orgânicos.

Fazendo cadastro por telefone, e-mail, ou pelo site, você recebe semanalmente a relação de produtos disponíveis e pode fazer seu pedido online entrando em contato com pedido@naturalmenteorganicos.com.br.

A entrega é feita em domicílio, em horário comercial, às terças, quintas e sábados. Os bairros atendidos por esse serviço são: Tijuca, Vila Isabel, Grajaú, Estácio, Rio Comprido e Usina, não há cobrança de taxa de entrega.

FONTE:  http://www.organicsnet.com.br/2012/08/nova-loja-de-organicos-na-tijuca/ 


SUPERMERCADO DE ORGÂNICOS

Já imaginou um supermercado só de orgânicos?

Pois bem, conheça o WHOLEFOODS.

A rede trabalha somente com produtos orgânicos nos EUA, Canadá e Inglaterra.





segunda-feira, 6 de agosto de 2012

PRODUTOS ORGÂNICOS: BENEFÍCIOS PARA SUA SAÚDE E DO PLANETA


A preocupação com a saúde, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, têm feito muitos consumidores optarem por produtos orgânicos. Frutas, verduras, hortaliças, carnes e cereais são exemplos de alimentos produzidos de forma sustentável que tem ganhado espaço no cenário mundial.



A alimentação orgânica se preocupa com o que chega ao nosso prato, desde a produção até a hora do consumo. Afinal, o alimento orgânico não é simplesmente aquele que é produzido sem o uso de agrotóxicos. Toda a cadeia produtiva, desde o plantio até a venda, é manejada de forma a evitar danos ao meio ambiente. Ou seja, de maneira sustentável.

Mas o que são alimentos orgânicos?

São alimentos produzidos sem a utilização de agrotóxicos ou insumos artificiais como inseticidas, herbicidas, fungicidas ou adubos químicos. Além disso, produtores de carnes, laticínios, aves e ovos orgânicos utilizam 100% de alimentação orgânica para os animais, evitam o uso de hormônios de crescimento e antibióticos. Os animais são criados ao ar livre, com áreas de exercício, abrigo, ar fresco e luz solar direta adequados para a espécie.

Por não utilizarem produtos químicos no processo de cultivo, o risco de contaminação do solo e dos lençóis freáticos é reduzido, agredindo menos o meio ambiente. O controle de pragas e ervas daninhas é feito manualmente, com foco na prevenção. Além disso, preservam a fertilidade do solo, a qualidade da água, da vida silvestre e dos demais recursos naturais. A saúde das plantas, o bem-estar animal e a biodiversidade nas propriedades rurais também são valorizados. No processo de produção, toma-se muito cuidado para que não haja destruição e desgaste do solo. Este é protegido ou recuperado para continuar fértil. O resultado é um dano mínimo ao ecossistema.

Quando o solo é tratado com substâncias químicas, há liberação de grande quantidade de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso. A agricultura orgânica pode reduzir em cerca de 25% o aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras.

Outro ponto a destacar em relação à agricultura orgânica é a não produção de alimentos transgênicos ou alimentos geneticamente modificados. Eles alteram o equilíbrio natural dos ecossistemas e tendem a substituir espécies e acabar com a variabilidade genética, a capacidade que os organismos têm de se adaptar a um ecossistema ao longo de gerações.

Por serem isentos de contaminação química e produzidos em solos balanceados e fertilizados com adubos naturais, os orgânicos possuem maior teor de vitaminas, minerais, antioxidantes quando comparados aos alimentos cultivados de forma tradicional. Seu sabor, cor e aroma também são superiores. São isentos de substâncias tóxicas e nocivas à saúde. Dessa forma, protegemos nossa saúde e a de nossos familiares.

Cuidar do nosso planeta é um desafio que deve ser assumido por cada um de nós. Pequenos atos como consumir alimentos orgânicos e reduzir a ingestão de carnes, podem fazer grande diferença para o meio ambiente e ajudar o planeta a se recuperar da degradação sofrida no último século.

Sendo assim, devemos incentivar e disseminar atitudes e informações que visam a preservação do nosso ecossitema.

FONTE: Bruna Murta - nutricionista da rede Mundo Verde.
http://www.mundoverde.com.br/Noticia/2012/08/03/Produtos-organicos:-beneficios-para-a-sua-saude-e-do-planeta!/

sábado, 4 de agosto de 2012

A VENDA DE ORGÂNICOS NAS REDES VAREJISTAS DE JALES (SP): FRAGILIDADES E OPORTUNIDADES

O artigo desenvolvido por Odivaldo Herreira Falchi e Adriana de Souza Colombo (FACULDADE DE TECNOLOGIA DE JALES - FATEC JALES-SP), apresenta a forma como esses produtos são apresentados pelas redes varejistas de Jales-SP aos consumidores e levanta alguns entraves do seu comércio.

A pesquisa foi realizada em oito supermercados e uma quitanda do município de Jales, por meio do levantamento dos produtos orgânicos disponíveis e sua forma de apresentação, além de entrevista com os responsáveis pelos estabelecimentos. 

A falta de fornecedores é a causa principal da baixa disponibilidade desses produtos. Essa carência é explícita apesar de a região de Jales ter como potencial o grande número de produtores familiares, que poderiam produzir orgânicos. 

Destaca-se a baixa demanda local pelos produtos orgânicos, além do custo elevado do produto no mercado, comparado aos convencionais. 

A conscientização em relação à alimentação orgânica é fator chave para o desenvolvimento desse nicho de mercado.


O artigo foi apresentado no 50º Congresso da SOBER, em Vitória-ES, em 2012 e pode ser conferido na integra aqui.



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

ENCONTRO APROXIMA PRODUTORES ORGÂNICOS DE RESTAURANTES

Com o interesse cada vez maior dos consumidores por alimentos livres de insumos químicos, agricultores que buscam mais oportunidades comerciais nesse mercado participaram do Encontro de Negócios Produtos Orgânicos e Restaurantes.


A iniciativa faz parte da programação do XII Salão de Alimentação – Alimenta, realizado pelo Sebrae no Distrito Federal, com apoio do Sebrae Nacional. Herondina Garcia, consultora do Sebrae, disse que o encontro de negócios é proveitoso para as duas partes. “Os produtores mostram o que têm de melhor e os compradores apresentam suas necessidades”, resumiu.

Ademir Gudrin, proprietário do restaurante Panelinha Brasileira, em Brasília, disse que quer introduzir os alimentos orgânicos em seu cardápio. Por isso participou do encontro. “Quero saber quem são os produtores, quais as garantias que tenho ao adquirir esses gêneros e como lidar com a sazonalidade”, revelou. Ademir lembra que hoje há forte demanda dos clientes por refeições mais saudáveis, o que passa necessariamente pela agricultura orgânica.

Hermes Jannuzzi é proprietário do Sítio Corujinha e membro da Cooperativa dos Produtores Orgânicos do Distrito Federal (Cooperorg). Ele veio ao Alimenta para entrar em contato com possíveis compradores e falar sobre a sua atividade. Hermes cultiva 25 tipos de alimentos, entre verduras, hortaliças e batatas. “Estamos aqui para falar da nossa filosofia e saber como podemos atender aos clientes”, informou o agricultor.

O dono do Sítio Corujinha elogiou a iniciativa do encontro e o papel do Sebrae junto às pequenas propriedades. “O Sebrae nos apoia na certificação do empreendimento, na assistência técnica e na qualificação profissional. É um grande parceiro”, destacou.

FONTE: http://www.agenciasebrae.com.br/noticia/16791184/ultimas-noticias/encontro-aproxima-produtores-organicos-de-restaurantes/

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO APRESENTA PROJETO COPA ORGÂNICA E SUSTENTÁVEL


O mercado orgânicos no Brasil tem uma taxa anual de crescimento de 20%, somando cerca de 90 mil produtores, sendo 90% agricultores familiares, agroecológicos e orgânicos.


O Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) apresentou na tarde desta terça-feira (31.07), na sede da Secopa, em Cuiabá, o projeto Copa Orgânica e Sustentável, que tem como principal meta promover o consumo de produtos orgânicos durante o Mundial de 2014.

"A Copa Orgânica e Sustentável deixará como legado uma cadeia produtiva mais estruturada, uma demanda diferenciada que promoverá inserção social, geração de emprego e renda e preservação ambiental", disse a consultora do MDA, Laura de Souza, durante apresentação para representantes da Secopa, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Empaer, prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, Senac, Secretaria Estadual de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O projeto foi detalhado também pela consultora Maria Beatriz Costa, do Planeta Orgânico, entidade que é parceira no MDA nessa iniciativa, que conta ainda com o apoio do setor hoteleiro e de supermercados.

O mercado orgânicos no Brasil tem uma taxa anual de crescimento de 20%, somando cerca de 90 mil produtores, sendo 90% agricultores familiares, agroecológicos e orgânicos. O Governo Federal pretende aproveitar a realização de grandes eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 para aumentar o nível de conhecimento do consumidor e incentivar o consumo de produtos orgânicos e sustentáveis. Para atingir essa meta é necessário ampliar e qualificar as políticas públicas para o setor, fortalecendo todas as cadeias de produção, além de qualificar e diversificar os canais de comercialização desses produtos.

O coordenador das Câmaras Temáticas da Copa do Mundo em Mato Grosso, Paulo Fernandes, definiu para próxima sexta-feira (03.08) uma reunião com órgãos que participam do Núcleo Copa Orgânica da Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade para definir as ações regionais que serão desenvolvidas sob a coordenação da Sedraf. A ideia é fazer um diagnóstico do setor e propor ações para estruturar de forma sustentável a cadeia produtiva para então participar da campanha do MDA.
FONTE: http://www.expressomt.com.br/economia-agronegocio/ministerio-do-desenvolvimento-agrario-apresenta-projeto-copa-24852.html

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

MESMO SEM AGROTÓXICOS, ORGÂNICOS NECESSITAM DE CUIDADOS DE LIMPEZA

O consumo de alimentos orgânicos tem registrado crescimento no Brasil. Apesar de não levarem agrotóxicos, os produtos desse tipo, assim como os alimentos convencionais, também precisam ser lavados antes de serem ingeridos.


Segundo estatísticas, um em cada seis habitantes das grandes cidades consome alimentos orgânicos ao menos uma vez por semana. No entanto apenas 2% dos agricultores produzem alimentos sem agrotóxicos.

Conforme o produtor Fábio Higas, o manejo desses alimentos, assim como o dos convencionais, passa por diversas etapas e, consequentemente, pelas mãos de muitas pessoas, o que justifica a necessidade de cuidados de higiene no preparo para o consumo.

"Em casa, as pessoas só fazem a limpeza, não a sanitização, que é importante para retirar as bactérias", disse a nutricionista da Emater, Letícia Pastor.

A nutricionista alerta para a importância da limpeza dos alimentos antes do consumo e explica que o procedimento é fundamental para evitar problemas de saúde, principalmente os de origem gastrintestinal.