terça-feira, 11 de dezembro de 2012
SAIBA QUANDO É MELHOR OPTAR POR ORGÂNICOS PARA ALIMENTAR AS CRIANÇAS
A busca por produtos orgânicos vem ganhando força no mundo. Nos Estados Unidos, a onda tem como apoiadora a primeira dama do país, Michelle Obama, que cultiva uma horta na Casa Branca e defende a alimentação saudável, tendo escrito até um livro, "American Grown: The Story of the White House Kitchen Garden and Gardens Across America" ("Cultivado na América: A História da Horta da Casa Branca e de Hortas pela América", sem edição em português). Diante de tanto apelo, seriam os alimentos orgânicos fundamentais para a alimentação de bebês e crianças?
"São melhores do que os convencionais, porque estão livres de defensivos (agrícolas), mas não precisam ser uma prioridade para as mães preocupadas com a alimentação dos filhos. Para famílias de baixo poder aquisitivo, por exemplo, não vale o custo benefício, já que os produtos são muito mais caros do que os convencionais", afirma o pediatra Fabio Ancona Lopez, membro do Departamento de Nutrição da SPSP (Sociedade Paulista de Pediatria).
O pediatra Sidney Federmann, especialista em alimentos funcionais do Hospital São Luiz, em São Paulo, tem a mesma opinião. "A prioridade deve ser uma alimentação saudável e variada, com frutas, verduras, legumes, carnes, feijão, leite e derivados e cereais. Sejam eles orgânicos ou não. Além disso, não há uma pesquisa conclusiva afirmando que os orgânicos são mais nutritivos do que os convencionais".
Um dos estudos que constatou que não há evidências científicas de que os alimentos orgânicos apresentam vantagem significativa em relação ao valor nutricional foi conduzido pela Academia Americana de Pediatria. No entanto, a entidade não desestimula seu consumo, já que eles não contêm agrotóxico, além de serem cultivados de forma menos nociva ao meio-ambiente.
Já Sônia Stertz, pesquisadora da UFPR (Universidade Federal do Paraná), fez sua tese de mestrado sobre alimentos orgânicos e afirma que eles são sim mais nutritivos do que os cultivados de forma convencional. “Eles têm mais nutrientes, como vitamina C, fibra alimentar e outros minerais importantes para a saúde, como ferro, potássio e selênio”, declara a especialista.
Medidas de precaução
Segundo a nutricionista Glauce Hiromi Yonamine, supervisora do ambulatório do Instituto da Criança, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é possível eliminar um pouco do agrotóxico ao selecionar e preparar alimentos seguindo algumas recomendações:
- Dê preferência a frutas e verduras da época, pois elas necessitam de menos agrotóxicos;
- Lave bem os alimentos para reduzir a presença de substâncias na superfície;
- Retirar as cascas de frutas e legumes e as folhas externas de verduras ajuda a eliminar os agrotóxicos de superfície;
- A higienização com hipoclorito de sódio é importante para eliminar micro-organismos, mas não acaba com os agrotóxicos. No entanto, o procedimento ajuda a reduzir entre 10% e 20% do agrotóxico de contato (o que é despejado sobre a planta e não passa para dentro dela).
Crianças: mais expostas
Pesquisas à parte, a grande questão para os defensores da onda verde é o nível de pesticidas nos alimentos cultivados de forma convencional, que está relacionado a alguns problemas, como hiperatividade, distúrbios de comportamento, atrasos de desenvolvimento, disfunção motora e até câncer. A maior parte dos casos, porém, ocorre com os trabalhadores que lidam diretamente com as substâncias. Na população em geral, as crianças são as mais expostas aos riscos.
Segundo um estudo da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, alimentos com alto índice de agrotóxico afetam dez vezes mais crianças do que adultos, além de terem efeito cumulativo ao longo da vida. Segundo o pediatra Sidney Federmann, as crianças são as mais afetadas por causa do baixo peso.
Apesar dos riscos sabidos, o Brasil é o campeão no uso de defensivos químicos nas plantações, superando os Estados Unidos. Em 2010, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou o "Para" ("Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos") com amostras de 20 itens. A conclusão foi que 28% do total das 3.130 amostras coletadas apresentavam limites de agrotóxico acima do recomendável ou tinham substâncias não aprovadas para uso.
Campeões de agrotóxicos
Se for optar por alimentos orgânicos para a sua família, é importante ficar de olho em algumas recomendações, de acordo com José Pedro Santiago, diretor da IBD Certificações, certificadora de produtos orgânicos. A primeira delas é verificar se o item tem algum selo que mostre que é certificado ou validado por um organismo aprovado pelo Ministério da Agricultura.
Santiago diz que caso a pessoa for comprar apenas alguns alimentos orgânicos deve dar preferência para aqueles que, quando produzidos de forma convencional, são os mais contaminados por agrotóxicos, como tomate, batata e pepino.
Cultivo tradicional
Ao comprar alimentos cultivados de forma convencional também é possível adotar algumas medidas para evitar a compra de itens muito afetados por agrotóxicos. Confira algumas recomendações da pesquisadora Sônia Sterz:
- Desconfie de legumes muito grandes, que podem ser resultado de adubação e estimulantes artificiais;
- Dê preferência aos produtos nacionais, em vez dos importados. Frutas e legumes produzidos localmente não requerem tantos pesticidas quanto aqueles que percorrem longas distâncias e são armazenados por longos períodos de tempo;
- Opte por folhosas como alface, agrião, almeirão, rúcula, couve-manteiga e cheiro verde, que apresentam ciclo curto de cultivo e por isso recebem menos pulverizações com agrotóxicos;
- Entre as frutas, prefira caqui, pitanga, abacate, acerola, jabuticaba, coco, mexerica (ponkan) e nêspera, que apresentam baixo risco de contaminação;
- Morango, goiaba, uva, maçã, pêssego, mamão papaia, figo, pera, melão e nectarina possuem alto risco de contaminação quando são produzidos de modo convencional.
FONTE: http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2012/11/20/saiba-como-aproveitar-os-alimentos-organicos-no-cardapio-do-seu-filho-sem-pesar-no-seu-bolso.htm
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
ORGÂNICOS SEM INTERMEDIÁRIOS
A lista de produtos orgânicos que estão conquistando as gôndolas dos supermercados não para de crescer.
No último ano, as iguarias ganharam espaço exclusivo nos corredores, com direito a placas explicativas. Mas a produção nacional ainda insuficiente leva o varejo a importar rótulos made in Espanha, por exemplo. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), as vendas de produtos sem agrotóxicos deve alcançar R$ 30 milhões em 2012 - participação ainda tímida frente às vendas totais dos supermercadista no Estado ro Rio Grande do Sul (R$ 15 bilhões). "O gaúcho é o consumidor com maior preocupação em relação à qualidade de vida e ele está disposto a pagar até 40% a mais por produtos saudáveis", avalia o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo. De acordo com o dirigente, o destaque em termos de participação do segmento na comercialização, hoje, se dá no setor hortifruti, onde 10% das vendas, em média, correspondem a orgânicos. E a aposta é que este percentual dobre nos próximos cinco anos.
Mas há também quem prefira as feiras livres, onde impera a venda direta do produtor ao consumidor. Comprar nesses locais é a melhor forma de consumir orgânicos a um custo mais acessível, avalia o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura (Mapa), Rogério Dias. Segundo ele, sem intermediários, a produção local, que percorre distâncias menores, também é fortalecida. Ganha o consumidor, ganha o agricultor.
O funcionário público Jânio Bertollo Marcon, 50 anos, sabe que a salada do almoço de domingo pode sair bem mais barata no supermercado, mas o sabor e a qualidade compensam os centavos gastos a mais. Ele conhece praticamente todos os feirantes - cerca de 40 - da Feira Ecológica, no bairro Menino Deus, na Capital, pelo nome. Também pudera: frequenta desde as suas primeiras edições. Nascido em Jaguari, na região Central do Estado, é lá que ele reencontra aromas e sabores que marcaram a sua infância. "Venho duas vezes por semana para ter alimentos mais frescos, já que são recém colhidos. Também faço encomendas e aproveito para pegar algumas dicas com o pessoal sobre doenças de plantas para repassá-las para parentes que moram no Interior."
O agricultor é outro que se beneficia da venda direta. Em média, o valor do produto orgânico é 30% superior ao convencional. Olair Nunes dos Santos, 52 anos, de Nova Santa Rita, é um deles. Hoje, quase tudo o que é colhido na propriedade de 12 hectares é comercializado na feira, que ocorre quartas-feiras e sábados no pátio da Secretária da Agricultura (Seapa). Santos consegue enxergar benefícios além do preço diferenciado, a começar pela sua saúde. Há 23 anos, ele decidiu que "os venenos" não iriam mais fazer mal a sua família. Os olhos esverdeados viram, assustados, vizinhos e colegas da Associação Grupo do Erval terem que buscar auxílio médico depois de uma intoxicação. Assentado da reforma agrária, o agricultor conta que o incentivo do governo foi fundamental para a transição.
Além disso, Santos preza pelos laços afetivos com o público. "São mais do que clientes, viraram amigos." Apesar do movimento intenso, no dia em que a reportagem foi à feira, Santos conseguiu dar atenção a um grupo de 15 alunos do Ciep Mané Garrincha, conduzido pela professora Beatriz Lopes, e saciar a curiosidade dos pequenos. Mas nem sempre foi assim. Quando a feira começou, há 15 anos, eram duas bancas para consumidores escassos.
FONTE: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=324&Caderno=11&Noticia=455770
No último ano, as iguarias ganharam espaço exclusivo nos corredores, com direito a placas explicativas. Mas a produção nacional ainda insuficiente leva o varejo a importar rótulos made in Espanha, por exemplo. Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), as vendas de produtos sem agrotóxicos deve alcançar R$ 30 milhões em 2012 - participação ainda tímida frente às vendas totais dos supermercadista no Estado ro Rio Grande do Sul (R$ 15 bilhões). "O gaúcho é o consumidor com maior preocupação em relação à qualidade de vida e ele está disposto a pagar até 40% a mais por produtos saudáveis", avalia o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo. De acordo com o dirigente, o destaque em termos de participação do segmento na comercialização, hoje, se dá no setor hortifruti, onde 10% das vendas, em média, correspondem a orgânicos. E a aposta é que este percentual dobre nos próximos cinco anos.
Mas há também quem prefira as feiras livres, onde impera a venda direta do produtor ao consumidor. Comprar nesses locais é a melhor forma de consumir orgânicos a um custo mais acessível, avalia o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura (Mapa), Rogério Dias. Segundo ele, sem intermediários, a produção local, que percorre distâncias menores, também é fortalecida. Ganha o consumidor, ganha o agricultor.
O funcionário público Jânio Bertollo Marcon, 50 anos, sabe que a salada do almoço de domingo pode sair bem mais barata no supermercado, mas o sabor e a qualidade compensam os centavos gastos a mais. Ele conhece praticamente todos os feirantes - cerca de 40 - da Feira Ecológica, no bairro Menino Deus, na Capital, pelo nome. Também pudera: frequenta desde as suas primeiras edições. Nascido em Jaguari, na região Central do Estado, é lá que ele reencontra aromas e sabores que marcaram a sua infância. "Venho duas vezes por semana para ter alimentos mais frescos, já que são recém colhidos. Também faço encomendas e aproveito para pegar algumas dicas com o pessoal sobre doenças de plantas para repassá-las para parentes que moram no Interior."
O agricultor é outro que se beneficia da venda direta. Em média, o valor do produto orgânico é 30% superior ao convencional. Olair Nunes dos Santos, 52 anos, de Nova Santa Rita, é um deles. Hoje, quase tudo o que é colhido na propriedade de 12 hectares é comercializado na feira, que ocorre quartas-feiras e sábados no pátio da Secretária da Agricultura (Seapa). Santos consegue enxergar benefícios além do preço diferenciado, a começar pela sua saúde. Há 23 anos, ele decidiu que "os venenos" não iriam mais fazer mal a sua família. Os olhos esverdeados viram, assustados, vizinhos e colegas da Associação Grupo do Erval terem que buscar auxílio médico depois de uma intoxicação. Assentado da reforma agrária, o agricultor conta que o incentivo do governo foi fundamental para a transição.
Além disso, Santos preza pelos laços afetivos com o público. "São mais do que clientes, viraram amigos." Apesar do movimento intenso, no dia em que a reportagem foi à feira, Santos conseguiu dar atenção a um grupo de 15 alunos do Ciep Mané Garrincha, conduzido pela professora Beatriz Lopes, e saciar a curiosidade dos pequenos. Mas nem sempre foi assim. Quando a feira começou, há 15 anos, eram duas bancas para consumidores escassos.
FONTE: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=324&Caderno=11&Noticia=455770
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
PESQUISA AFIRMA QUE ORGÂNICOS TRAZEM BENEFÍCIOS À SAÚDE
A Universidade de Stanford confirma benefício à saúde em 78% das famílias americanas que consomem alimentos orgânicos esporadicamente.
Segundo a pesquisa publicada em setembro de 2012 nos Annals of Internal Medicine, os produtos orgânicos de origem animal estão menos expostos aos antibióticos e contém baixas doses de hormônio de crescimento.
Dessa forma, o consumidor que consome alimentos orgânicos não fica exposto a bactérias resistentes aos antibióticos.
O estudo ainda revela que os produtos convencionais têm 30% a mais de chance de ter contaminação por agrotóxicos que o alimento orgânico. No caso de produtos de origem animal, a taxa de risco de contaminação sobe para 33% com relação ao orgânico.
A produção de carne orgânica no Brasil é bastante recente, aproximadamente 10 anos no mercado nacional de acordo com o site da WWF, ONG brasileira comprometida com a conservação da natureza.
Somente nos últimos três anos é que a comercialização começou a se estruturar definitivamente.
Robert Wilson Jukovski, de 18 anos, trabalha com carnes orgânicas e sentiu essa dificuldade. “No começo ficamos decepcionados com a venda, mas aos poucos fomos crescendo e hoje não pensamos em deixar o negócio”, diz ele.
Robert, que trabalha juntamente com o irmão há dois anos, se encontram todos os sábados na Feira do Passeio Público em Curitiba. Ele explica que o conceito da carne orgânica é diferente. O gado é criado solto, se alimentando de pasto, de maneira natural.
“O animal é tratado com fitoterapia e homeopatia”, afirma Robert. Além disso, o abate é chamado de “humanitário”, pois evita que o animal sofra.
A professora Marilze Mendes, de 48 anos, frequenta a Feira do Passeio Público e é cliente da Taurino’s Organic há dois anos.
“O sabor da carne é mais acentuado que a da carne tradicional”, enfatiza.
Uma das preocupações é também com a carne de frango. Marilze explica que a carne orgânica de frango é livre de hormônios, diferentemente das aves de granja.
O preço é mais elevado que a da carne convencional, mas ela diz que “ainda com o preço mais alto o melhor mesmo é cuidar da saúde”.
FONTE: http://www.tribunadabahia.com.br/2012/09/22/pesquisa-afirma-que-alimentos-organicos-trazem-beneficios-saude
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO DE ORGÂNICOS NO RIO DE JANEIRO DESPERTA A ATENÇÃO EM OUTROS PAÍSES
O processo de certificação praticado pelos
agricultores orgânicos do estado do Rio de Janeiro começou a chamar a
atenção de outros países, disse à Agência Brasil o diretor do Instituto de Agronomia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ),
Antonio Carlos Abboud. Ele falou sobre o setor,
durante o Seminário Diálogos para Prática do Desenvolvimento
Sustentável, que o Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável da UFRRJ promoverá semanalmente no Clube de Engenharia até o final do ano.
Formada por pequenos produtores rurais, a produção fluminense de alimentos orgânicos está voltada principalmente para as hortaliças e é encontrada na região serrana do estado. Os produtores se associam em vários núcleos e têm um processo de certificação, o sistema participativo de garantia (SPG), que traz uma mensagem de associativismo. Os pequenos produtores se reúnem em associações para ganhar escala, tendo em vista que as grandes redes varejistas (supermercados) adquirem seus produtos orgânicos de entrepostos de atacado de outros estados, como São Paulo, por exemplo.
De acordo com a Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (Abio), que coordena esse sistema no Rio de Janeiro e é a entidade do setor mais antiga do país, "os SPGs caracterizam-se pelo controle social, pela participação e pela responsabilidade de todos os membros pelo cumprimento dos regulamentos da produção orgânica". Os membros do SPG estabelecem ações coletivas de avaliação da conformidade dos fornecedores em relação à regulamentação da produção orgânica, acrescenta a entidade.
Antonio Carlos Abboud disse que, no início, as pessoas desacreditaram do SPG, por julgarem que era uma autocertificação. "Mas é um modelo que tem funcionado muito bem e tem chamado a atenção de outros países. Nós somos pioneiros nesse modelo. É bastante democrático, adaptado a pequenos produtores, que estão iniciando ou têm pouco capital".
A vantagem do SPG, reforçou o professor da UFRRJ, é que ele aproxima o consumidor dos produtores. "Os consumidores que fazem parte desse circuito têm uma relação próxima, nas feiras, com o produtor. Cria-se aí um vínculo de confiança entre produtor e consumidor. É uma coisa sólida. Não é uma coisa fria da certificação por auditagem". Para ele, o modelo do Rio tem um cunho mais social.
A produção orgânica do Rio de Janeiro tem muita semelhança com a de Santa Catarina, disse Abboud. Os dois estados têm características de relevo e de condição fundiária similares. Englobam pequenos produtores diversificados e, também, a policultura.
Em outros estados, o professor disse que a produção agrícola orgânica é feita por empreendimentos de grande porte, baseados em ciclos de monocultura, como a do açúcar, da uva ou da laranja, com os produtos certificados por instituições creditadas pelo Ministério da Agricultura.
Para Abboud, esses grandes empreendimentos, embora apliquem técnicas orgânicas, violam alguns princípios da agroecologia, entre os quais a biodiversidade. "Mas não ferem a legislação". O perfil é diferente dos SPGs, embora essa seja uma forma também reconhecida pelo ministério. "Apenas, dispensa-se, nesse caso, o uso de certificadoras".
Abboud não crê que o preço dos produtos orgânicos seja elevado. "O preço é consequência". Ele acredita que à medida que a demanda por orgânicos aumente, a oferta também aumentará e, com isso, o preço vai cair. "Precisa desenvolver o mercado, ampliar a oferta e a demanda, e o preço vai cair", disse.
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
FONTE: http://www.agrosoft.org.br/agropag/222953.htm
Formada por pequenos produtores rurais, a produção fluminense de alimentos orgânicos está voltada principalmente para as hortaliças e é encontrada na região serrana do estado. Os produtores se associam em vários núcleos e têm um processo de certificação, o sistema participativo de garantia (SPG), que traz uma mensagem de associativismo. Os pequenos produtores se reúnem em associações para ganhar escala, tendo em vista que as grandes redes varejistas (supermercados) adquirem seus produtos orgânicos de entrepostos de atacado de outros estados, como São Paulo, por exemplo.
De acordo com a Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (Abio), que coordena esse sistema no Rio de Janeiro e é a entidade do setor mais antiga do país, "os SPGs caracterizam-se pelo controle social, pela participação e pela responsabilidade de todos os membros pelo cumprimento dos regulamentos da produção orgânica". Os membros do SPG estabelecem ações coletivas de avaliação da conformidade dos fornecedores em relação à regulamentação da produção orgânica, acrescenta a entidade.
Antonio Carlos Abboud disse que, no início, as pessoas desacreditaram do SPG, por julgarem que era uma autocertificação. "Mas é um modelo que tem funcionado muito bem e tem chamado a atenção de outros países. Nós somos pioneiros nesse modelo. É bastante democrático, adaptado a pequenos produtores, que estão iniciando ou têm pouco capital".
A vantagem do SPG, reforçou o professor da UFRRJ, é que ele aproxima o consumidor dos produtores. "Os consumidores que fazem parte desse circuito têm uma relação próxima, nas feiras, com o produtor. Cria-se aí um vínculo de confiança entre produtor e consumidor. É uma coisa sólida. Não é uma coisa fria da certificação por auditagem". Para ele, o modelo do Rio tem um cunho mais social.
A produção orgânica do Rio de Janeiro tem muita semelhança com a de Santa Catarina, disse Abboud. Os dois estados têm características de relevo e de condição fundiária similares. Englobam pequenos produtores diversificados e, também, a policultura.
Em outros estados, o professor disse que a produção agrícola orgânica é feita por empreendimentos de grande porte, baseados em ciclos de monocultura, como a do açúcar, da uva ou da laranja, com os produtos certificados por instituições creditadas pelo Ministério da Agricultura.
Para Abboud, esses grandes empreendimentos, embora apliquem técnicas orgânicas, violam alguns princípios da agroecologia, entre os quais a biodiversidade. "Mas não ferem a legislação". O perfil é diferente dos SPGs, embora essa seja uma forma também reconhecida pelo ministério. "Apenas, dispensa-se, nesse caso, o uso de certificadoras".
Abboud não crê que o preço dos produtos orgânicos seja elevado. "O preço é consequência". Ele acredita que à medida que a demanda por orgânicos aumente, a oferta também aumentará e, com isso, o preço vai cair. "Precisa desenvolver o mercado, ampliar a oferta e a demanda, e o preço vai cair", disse.
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli
FONTE: http://www.agrosoft.org.br/agropag/222953.htm
PRODUTORES DE ORGÂNICOS DA PARAÍBA RECEBEM CERTIFICAÇÃO
Um grupo de 23 agricultores recebeu certificado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reconhecendo cultivo conforme as regras da produção orgânica. Os documentos foram entregues durante a Feira do Empreendedor da Paraíba, que terminou no dia 22 de setembro.
Os produtores rurais que receberam a certificação foram acompanhados por um ano pela Comissão de Orgânicos da Paraíba e, atualmente, vendem seus produtos na feira livre do estacionamento do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS) na capital, João Pessoa. “Trabalho na agricultura há dez anos, mas há cinco com produtos orgânicos. Sei da importância dele para nós e para o meio ambiente. Fiquei feliz em ter o certificado, pois é mais uma prova de que vendemos produtos saudáveis”, disse o agricultor Raimundo Miguel, do município de Pedras de Fogo/PB.
De acordo com a Coordenação de Agroecologia da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, existem na Paraíba mais de 40 feiras livres que vendem produtos orgânicos e o cultivo dessa produção no estado ocupa uma área de 4,3 mil hectares.
FONTE: SEBRAE Ddisponível em: http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=237814&codDep=6
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
CAMOMILA COMO DEFENSIVO ALTERNATIVO
Usada para prevenir ataques de doenças fúngicas, especialmente em sementeiras.
Deixar as flores de molho em água fria, uma colher de chá de flores para uma xícara com água fervendo, regando depois as plantas.
Outra Receita (Camomila):
Ingredientes:
FONTE: PEREIRA, W. H. Práticas alternativas para produção agropecuária agroecológica. EMATER-MG. Disponível em: http://www.ciorganico.agr.br/wp-content/uploads/2012/09/Manual_de_Praticas_Agroecol%C3%B3gicas-Emater1.pdf
Deixar as flores de molho em água fria, uma colher de chá de flores para uma xícara com água fervendo, regando depois as plantas.
Outra Receita (Camomila):
Ingredientes:
- 50 gramas de flores de camomila;
- 1 litro de água.
- Misturar 50 gramas de flores de camomila em 1 litro de água.
- Deixar de molho durante 3 dias, agitando 4 vezes ao dia.
- Após coar, aplicar a mistura 3 vezes a cada 5 dias.
FONTE: PEREIRA, W. H. Práticas alternativas para produção agropecuária agroecológica. EMATER-MG. Disponível em: http://www.ciorganico.agr.br/wp-content/uploads/2012/09/Manual_de_Praticas_Agroecol%C3%B3gicas-Emater1.pdf
EXTRATO DE URTIGA
O extrato de Urtiga pode ser utilizado para o controle alternativo de pulgões, lagartas e outros insetos.
Como fazer:
- Colocar 1 kg de folhas de urtiga de molho em10 litros de água durante 10 dias;
- Completado os 10 dias, coar a calda e usar 1 litro de calda para cada 10 litros de água.
Como usar:
- Na hora de pulverizar, usar 1 litro de extrato de urtiga para cada 10 litros de água;
- No controle de insetos mais resistentes, aconselha-se usar pulverizações com concentrações mais fortes.
FONTE: PEREIRA, W. H. Práticas alternativas para produção agropecuária agroecológica. EMATER-MG. Disponível em: http://www.ciorganico.agr.br/wp-content/uploads/2012/09/Manual_de_Praticas_Agroecol%C3%B3gicas-Emater1.pdf
CHÁ DE COENTRO
O chá de coentro pode ser usado no controle de ácaros e no controle de pulgões.
Como fazer e usar:
Se o controle da praga não foi total, deve ser misturado menos água ao chá, para que ele fique mais forte.
FONTE: PEREIRA, W. H. Práticas alternativas para produção agropecuária agroecológica. EMATER-MG. Disponível em: http://www.ciorganico.agr.br/wp-content/uploads/2012/09/Manual_de_Praticas_Agroecol%C3%B3gicas-Emater1.pdf
Como fazer e usar:
- Cozinhar as folhas (Um maço) de coentro em 2 litros de água por alguns minutos;
- Coar, misturar mais água e pulverizar;
- A quantidade de água a ser misturada ao chá variará de acordo com os resultados observados após a aplicação.
Se o controle da praga não foi total, deve ser misturado menos água ao chá, para que ele fique mais forte.
FONTE: PEREIRA, W. H. Práticas alternativas para produção agropecuária agroecológica. EMATER-MG. Disponível em: http://www.ciorganico.agr.br/wp-content/uploads/2012/09/Manual_de_Praticas_Agroecol%C3%B3gicas-Emater1.pdf
CHÁ DE ARRUDA NO CONTROLE DE PULGÕES
O chá de arruda pode ser usado como defensivo alternativo para constrole de pulgões.
Modo de preparo:
- Cozinhar as folhas da arruda em água por alguns minutos;
- Coar, misturar mais água e pulverizar;
- A quantidade de água a ser misturada ao chá variará de acordo com os resultado observados após a aplicação. Se o controle da praga não foi total, deve ser misturado menos água ao chá, para que ele fique mais forte.
Outra Receita com arruda:
Ingredientes:
- 8 ramos de 30 centímetro de comprimento com folhas; 1 litro de água;
- 19 litros de água com espalhante adesivo de sabão de coco.
- Bater os ramos de folhas de arruda no liquidificar, com 1 litro de água.
- Coar com pano fino e completar com 19 litro de água.
- Acrescentar na solução, espalhante adesivo.
FONTE: PEREIRA, W. H. Práticas alternativas para produção agropecuária agroecológica. EMATER-MG. Disponível em: http://www.ciorganico.agr.br/wp-content/uploads/2012/09/Manual_de_Praticas_Agroecol%C3%B3gicas-Emater1.pdf
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
8 MITOS E VERDADES DOS ALIMENTOS ORGÂNICOS
Consumir alimentos livres de agrotóxicos ainda é um tabu na mesa do brasileiro. Além dos preços altos, que ainda pesam no orçamento, existe ainda o problema da falta de variedade dos produtos orgânicos pelos supermercados - que fazem a chamada venda pulverizada, uma vez que é preciso buscar um frango aqui, um hortifruti ali.
Como se não bastassem todas estas questões, ainda existe muita falta de informação. Os orgânicos são, de fato, mais saudáveis? Por quê? Fazem perder peso mais facilmente? Para responder estas e outras dúvidas, a reportagem ouviu a nutricionista funcional Flávia Cyfer e o idealizador da rede Organomix, Marcelo Schiaffino, para desvendar os mitos e esclarecer as verdades acerca dos alimentos produzidos sem agrotóxicos. Confira.
São mais caros?
Sim, são bem mais caros. Por serem produzidos em baixa escala e terem tempo de colheita superior aos plantados com produtos químicos que agilizam o crescimento e combatem as pragas, os alimentos orgânicos seguem a cadeia econômica clássica da lei da oferta e da procura. A baixa produção eleva os valores.
São mais saudáveis?
Muito mais saudáveis, uma vez que são colhidos sem a utilização de agrotóxicos, ou hormônios de crescimento (no caso de frangos e peixes, por exemplo). É um investimento que você faz em você, em função do alto preço, mas imagine também que, de forma indireta, pode estar economizando em remédio no futuro.
Ajudam o meio ambiente?
Ajudam, absolutamente, a forma de cultivo sustentável em relação ao meio-ambiente. Só pelo fato de não estar contaminando o solo com os produtos químicos, já valida a questão.
Todos fazem perder peso?
Uma coisa não tem a ver com outra. Por mais saudáveis que sejam, o emagrecimento vai depender de uma dieta balanceada, de preferência com orientação de um nutricionista.
Aumentam o risco de intoxicação alimentar?
De jeito nenhum. Não é por estar exposto a intempéries e eventuais pragas que vá causar essa intoxicação, uma vez que você não vai se alimentar de algo estragado. Além disso, os orgânicos são in natura, sem adição química, nem nada. Mito!
Podem ser consumidos sem lavar?
Não, eles têm a sujeira e os micro-organismos de praxe. Tem que lavar a desinfetar bem, como qualquer alimento que é levado à mesa.
Eles são colhidos prematuramente para evitar gastos?
Não, seguem uma cadeia de comércio como qualquer produto.
Podem ser consumidos crus?
Os alimentos vegetais podem. A única diferença é a vantagem de não ter agrotóxico.
Como se não bastassem todas estas questões, ainda existe muita falta de informação. Os orgânicos são, de fato, mais saudáveis? Por quê? Fazem perder peso mais facilmente? Para responder estas e outras dúvidas, a reportagem ouviu a nutricionista funcional Flávia Cyfer e o idealizador da rede Organomix, Marcelo Schiaffino, para desvendar os mitos e esclarecer as verdades acerca dos alimentos produzidos sem agrotóxicos. Confira.
São mais caros?
Sim, são bem mais caros. Por serem produzidos em baixa escala e terem tempo de colheita superior aos plantados com produtos químicos que agilizam o crescimento e combatem as pragas, os alimentos orgânicos seguem a cadeia econômica clássica da lei da oferta e da procura. A baixa produção eleva os valores.
São mais saudáveis?
Muito mais saudáveis, uma vez que são colhidos sem a utilização de agrotóxicos, ou hormônios de crescimento (no caso de frangos e peixes, por exemplo). É um investimento que você faz em você, em função do alto preço, mas imagine também que, de forma indireta, pode estar economizando em remédio no futuro.
Ajudam o meio ambiente?
Ajudam, absolutamente, a forma de cultivo sustentável em relação ao meio-ambiente. Só pelo fato de não estar contaminando o solo com os produtos químicos, já valida a questão.
Todos fazem perder peso?
Uma coisa não tem a ver com outra. Por mais saudáveis que sejam, o emagrecimento vai depender de uma dieta balanceada, de preferência com orientação de um nutricionista.
Aumentam o risco de intoxicação alimentar?
De jeito nenhum. Não é por estar exposto a intempéries e eventuais pragas que vá causar essa intoxicação, uma vez que você não vai se alimentar de algo estragado. Além disso, os orgânicos são in natura, sem adição química, nem nada. Mito!
Podem ser consumidos sem lavar?
Não, eles têm a sujeira e os micro-organismos de praxe. Tem que lavar a desinfetar bem, como qualquer alimento que é levado à mesa.
Eles são colhidos prematuramente para evitar gastos?
Não, seguem uma cadeia de comércio como qualquer produto.
Podem ser consumidos crus?
Os alimentos vegetais podem. A única diferença é a vantagem de não ter agrotóxico.
FONTE: http://saude.terra.com.br/dietas/especialista-explica-8-mitos-e-verdades-dos-alimentos-organicos,54b4d23d82df9310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
AGRICULTORES ORGÂNICOS TÊM ALTERNATIVAS DE MERCADO
Com atuação limitada às feiras populares ou a campanhas eventuais de conscientização sobre a importância de alimentos saudáveis, agricultores familiares atendidos pelo Programa Agroecolóico Integrado e Sustentável (Pais), da Fundação Banco do Brasil (FBB), ganham novas alternativas de mercado em Rondônia.
Pais é a tecnologia social que atende a pequenas propriedades familiares na produção de alimentos cultivados com biofertilizantes e bioinseticidas no lugar de agrotóxicos, e que vendem a produção além da necessária para o próprio sustento.
Três exemplos ocorrem semanalmente em instituições como o Sebrae, a Emater e a Embrapa, em Porto Velho (RO). Uma vez na semana, um produtor expõe e comercializa parte de sua produção de hortaliças, frutos e verduras.
Atendendo a encomendas, ou em vendas espontâneas, esses produtores cativam novos clientes e adeptos desse tipo de alimento, já que seus produtos, além de totalmente saudáveis, têm durabilidade muito maior.
Entre os adeptos dos alimentos orgânicos este Cleide Pereira da Silva, funcionária do Sebrae/RO. “A gente se informa, recebe orientação de especialistas, mas não encontra os produtos nos supermercados. As hortaliças duram mais, além de ser altamente saudáveis”, diz ela.
Caminho
O produtor orgânico que semanalmente comparece ao Sebrae é Ronaldo de Mattos, presidente da Associação de Agricultores Agroecológicos de Porto Velho. “Essas feiras são o caminho. Não deixam de ser uma venda direta ao consumidor, que compra produtos mais baratos que nos mercados, onde os preços são diferenciados”, diz ele.
A tecnologia Pais em Porto Velho tem a parceria do governo federal, FBB, prefeitura, Semagric, Emater, Embrapa, Seagri e Sebrae.
Ronaldo diz que está em estudo o mesmo tipo de atuação em condomínios residenciais. “Faremos uma espécie de kit com os produtos para oferecer aos moradores”.
FONTE: http://www.rondonoticias.com.br/ler.php?id=113430
RIO DE UNA TESTA POTENCIAL PARA ORGÂNICOS NO NORDESTE
Todos os meses, cerca de 300 toneladas de legumes e verduras orgânicas picadas e higienizadas deixam a sede da Rio de Una, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR), para abastecer 280 pontos de vendas em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A empresa, controlada pelo Axialpar - fundo de investimento do antigo banco Axial voltado para projetos sustentáveis -, é uma das poucas do país que fornecem hortaliças isentas de agrotóxicos prontas para o consumo.
Criada há 15 anos já com essa proposta, a Rio de Una - o nome é uma referência ao curso d' água que cortava a propriedade onde teve início o projeto - conta com a parceria de 117 produtores do Sul e do Sudeste, assistidos por uma equipe de engenheiros agrônomos da própria empresa, cujo faturamento é de R$ 20 milhões anuais. Mas era preciso ampliar essa rede, e a empresa partiu para o Nordeste.
Em 2011, a Rio de Una implantou um projeto semelhante em seis municípios da Paraíba, em conjunto com a fazenda Tamanduá, que também pertence ao Axialpar. Ali são produzidas frutas, queijos e mel orgânicos no município de Santa Terezinha. Por enquanto, os 25 agricultores associados respondem por uma safra de apenas 20 toneladas mensais de hortaliças, batatas, pimentões, berinjelas, tomates e cenouras, por meio de cultivo irrigado, mas a tendência é de crescimento.
Os produtores seguem certos cuidados especiais com plantios instalados no sertão. Para proteger culturas mais suscetíveis a pragas, como a batata, a indicação é aplicar defensivos naturais como a calda bordalesa, feita com mistura de cal virgem e sulfato de cobre. Além de adubo verde, a crotalária é utilizada no combate aos nematóides, vermes de solo invisíveis a olho nu e que atacam as raízes das plantas. E hortaliças e frutíferas podem ser cultivadas em consórcio para o melhor aproveitamento da adubação.
Segundo Jean Revece Neto, diretor da empresa, no início a ideia era escoar a produção nordestina para o Paraná, para que ela funcionasse como uma espécie de reforço em épocas de entressafra na região Sul. Mas a estratégia mudou. Como o custo com o transporte era alto demais, a decisão foi explorar a própria região Nordeste, cujo mercado para produtos agroecológicos ainda é quase inexistente.
"A aceitação tem sido boa, pois não havia esse tipo de abastecimento regular na região", comenta Revece. Com a colheita paraibana, a Rio de Una projeta um crescimento de 5% a 10% por ano em sua receita total. "A nossa experiência paranaense ajudará a formar o novo mercado", afirma.
O Paraná é considerado pioneiro na agricultura orgânica e possui a maior diversificação nesse tipo de produção, com 49 atividades ligadas aos cultivos de frutas, legumes, verduras e produção de artigos industrializados, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2006.
O Estado é um dos mais importantes representantes do mercado de orgânicos do país. Estima-se que o segmento movimente cerca de R$ 250 milhões por ano, mas há uma carência de informações que pode ser justificada pela demora da regulamentação da Lei 10.831, que entrou em vigor há apenas dois anos. Por meio dela, as certificadoras passaram a ter que fornecer números sobre a produção de seus clientes para o Ministério da Agricultura. As informações são do site Valor Econômico.
FONTE: http://www.opovo.com.br/app/economia/2012/09/17/noticiaseconomia,2921289/rio-de-una-testa-o-potencial-para-organicos-no-nordeste.shtml
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
CUIABÁ ESTÁ ENTRE AS 5 CAPITAIS QUE NÃO POSSUEM FEIRAS DE ORGÂNICOS
Cuiabá integra o grupo de 5 capitais brasileiras que não possuem nenhuma feira de alimentos orgânicos. Verificação é do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em parceria com o Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor (FNECDC), que identificou Boa Vista (Roraima), Macapá (Amapá), Palmas (Tocantins) e São Luís (Maranhão) como localidades onde há demanda por esses produtos, mas nenhum centro de comercialização direta da produção agroecológica e orgânica. Em todo país foram identificadas 140 feiras, distribuídas em 22 capitais, sendo que o Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) reúne o maior número delas, num total de 25, seguido por Brasília (Distrito Federal) com 20 feiras, Recife (Pernambuco) com 18 e Curitiba (Paraná) com 16.
Porém, nos próximos 2 anos o abastecimento de alimentos orgânicos na Capital mato-grossense pode receber um reforço com o desenvolvimento de um projeto que prevê aumentar a produção em toda região da Baixada Cuiabana, explica a fiscal agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jeankeile Bif. Intenção é garantir esse tipo de produto aos turistas que chegarem ao Estado para acompanhar os jogos da Copa do Mundo de 2014, atendendo exigência da Federação Internacional de Futebol (Fifa). "É possível garantir essa produção nesse prazo fazendo a conversão de propriedades e queremos iniciar com os agricultores que já investiram nesse tipo de atividade".
Recentemente a Superintendência do Mapa tentou realizar duas feiras para comercialização de alimentos orgânicos em Cuiabá, mas esbarrou na falta de produtos. "Existe demanda mas a produção na Baixada Cuiabana, próxima do principal centro consumidor que é a Capital, ainda é muito pequena". Registros do ministério apontam a existência de 71 produtores cadastrados em todo Estado, os quais são habilitados para comercializar a produção com as prefeituras, atendendo a alimentação escolar, além de feiras.
Interessada em comercializar os produtos orgânicos, a proprietária do Empório Quitanda Santa Cecília, Carla Paludo, revela que ainda não encontrou fornecedores locais e que alguns clientes do recém-inaugurado estabelecimento têm procurado esses alimentos. "Temos interesse em negociar, mas é difícil encontrar fornecedor até em São Paulo, de onde trazemos a maioria dos produtos".
Mercado consumidor de alimentos orgânicos cresce em média 30% ao ano, diz a pesquisadora da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Maria Elienai Correia. "Há uma demanda altamente reprimida em Mato Grosso e esse é um mercado que o produtor deixa de explorar, por falta de assistência técnica e também por querer vender apenas em grandes quantidades". Orientação sobre como produzir alimentos sem uso de agrotóxicos também é feita pela Universidade de Mato Grosso (Unemat), durante as aulas do curso de Agronomia.
Pioneiro na atividade e mantendo uma produção comercial bem-sucedida em 13 anos de atividade, o produtor Marcos Sguarezi diz que buscou especialização fora do Estado antes de fazer a conversão da propriedade para produção agroecológica. No sítio Monjolinho, em Chapada dos Guimarães, cultiva 42 produtos entre frutas, verduras, legumes, ervas aromáticas e temperos, além de cana para conversão em açúcar mascavo e até flores comestíveis. Para o próximo ano, a intenção é ampliar a produção com o cultivo de morango. Alimentos obtidos na propriedade são comercializados de forma direta numa feira realizada todo sábado na cidade de Chapada dos Guimarães e, principalmente, com uma rede de supermercados em Cuiabá.
Todos os produtos são certificados com o selo de alimento orgânico. Atenta a esse mercado, foi inaugurada em Chapada dos Guimarães a empresa Rockall Fertilizantes Naturais, que atualmente atende o projeto PAIS em unidades de Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Pernambuco, Ceará e Pará. De acordo com a diretora de vendas Natia Ortega, os fertilizantes produzidos com rochas trituradas são ricos em minerais e tornam as plantas resistentes aos ataques de insetos e à estiagem. "A produtividade das lavouras orgânicas pode ser superior às convencionais a partir da regeneração dos solos com mineralização e essa não é uma forma dispendiosa".
Preço - Pesquisa realizada pelo Idec identificou que o principal entrave ao consumo de alimentos orgânicos é, além da falta de feiras especializadas, o preço praticado, geralmente mais caro se comparado aos produtos convencionais. Consumidora de alimentos orgânicos, a jornalista Josana Salles avalia que para a população mato-grossense ainda é não é possível manter uma alimentação baseada em produtos livres de agrotóxicos. "Além da produção pequena, concentrada em algumas regiões (Chapada dos Guimarães, Cáceres e Alta Floresta), há uma diferença grande nos preços.
O tomate orgânico, por exemplo, pode custar até R$ 5 a mais que o convencional". Terapeuta corporal Gê Vilá também reclama dos preços dos orgânicos e da pouca oferta em Cuiabá e compara com a capital de Santa Catarina, Florianópolis, onde há 7 feiras específicas desse tipo de alimento, segundo pesquisa do Idec. "Estou de mudança para lá, onde há uma boa produção e comercialização de orgânicos".
Produtor Marcos Sguarezi confirma a diferença nos preços dos alimentos orgânicos e calcula uma variação de 12% sobre os alimentos convencionais. "Nesta época em que o tomate convencional encareceu, por exemplo, o orgânico estava mais barato e compensa comprar o orgânico porque o sabor é fantástico".
FONTE: http://www.sonoticias.com.br/noticias/7/160289/cuiaba-esta-entre-as-5-capitais-que-nao-possuem-feira-de-alimentos-organicos
COMIDA ORGÂNICA É MAIS NUTRITIVA DO QUE A CONVENCIONAL: MITO OU VERDADE?
O fato de serem cultivados sem o uso de agrotóxicos ou de fertilizantes artificiais é um dos principais motivos que levam à compra de alimentos orgânicos. Contudo, há quem consuma esses produtos por acreditar que eles são mais nutritivos e menos suscetíveis a contaminação do que os convencionais. Será que essas vantagens todas são verdadeiras?
Para investigar essa crença, um grupo de pesquisadores analisou dados de mais de 200 estudos que comparavam os níveis de nutrientes e de contaminação em alimentos orgânicos e convencionais – incluindo frutas, grãos, vegetais e carnes. Resultado: não foram encontradas grandes diferenças entre os dois tipos de produtos.
Tanto alimentos orgânicos como convencionais apresentaram níveis similares (7% e 6% das amostras, respectivamente) de contaminação pela bactéria E. coli, por exemplo. No caso de carne de frango, 35% das amostras “orgânicas” (vindas de animais que foram criados sem uso rotineiro de antibióticos ou hormônios de crescimento) estavam contaminadas pela bactéria Salmonella, o que foi observado em 34% das demais amostras. No que diz respeito a valor nutricional, também não foram encontradas diferenças significativas.
Em dois outros quesitos, porém, os orgânicos levaram vantagem: presença de resíduos de pesticida e contaminação por bactérias resistentes a antibióticos. Naturalmente, poucas amostras (7%) dos alimentos orgânicos continham resíduos de pesticida, encontrados em 38% dos alimentos convencionais. Em relação ao segundo quesito, as amostras de carne de porco e frango vindas de animais criados pelos meios convencionais tinham 33% mais chances de conter bactérias resistentes a antibióticos.
Polêmicas à mesa
O uso rotineiro de antibióticos entre humanos pode, comprovadamente, abrir espaço para a proliferação de bactérias mais resistentes e, portanto, infecções mais graves. Contudo, os efeitos do consumo de carne de animais criados com uso constante de antibióticos sobre a saúde humana ainda não são claros.
Outro ponto controverso é a existência (ou não) de níveis seguros de pesticidas em alimentos consumidos. “Nós encontramos muito poucos estudos que comparavam a saúde de populações humanas que consumiam grande quantidade de orgânicos e de populações com dietas convencionais, por isso é difícil interpretar o significado clínico dos resultados”, explica a pesquisadora Crystal Smith-Spangler, da Escola de Medicina de Stanford (EUA). A grande variedade de métodos de cultivo de alimentos ou criação de animais analisados nos estudos também dificultou a interpretação dos dados.
Futuramente, disse Smith-Spangler, serão investigados os possíveis benefícios de uma exposição menor a pesticidas, em especial para grávidas e crianças.
FONTE: http://hypescience.com/comida-organica-e-mais-nutritiva-do-que-a-convencional-mito-ou-realidade/
sábado, 15 de setembro de 2012
AGRICULTORES ORGÂNICOS TÊM ALTERNATIVAS DE MERCADO
Com atuação limitada às feiras populares ou a campanhas eventuais de conscientização sobre a importância de alimentos saudáveis, agricultores familiares atendidos pelo Programa Agroecolóico Integrado e Sustentável (Pais), da Fundação Banco do Brasil (FBB), ganham novas alternativas de mercado em Rondônia.
Pais é a tecnologia social que atende a pequenas propriedades familiares na produção de alimentos cultivados com biofertilizantes e bioinseticidas no lugar de agrotóxicos, e que vendem a produção além da necessária para o próprio sustento.
Três exemplos ocorrem semanalmente em instituições como o Sebrae, a Emater e a Embrapa, em Porto Velho (RO). Uma vez na semana, um produtor expõe e comercializa parte de sua produção de hortaliças, frutos e verduras.
Atendendo a encomendas, ou em vendas espontâneas, esses produtores cativam novos clientes e adeptos desse tipo de alimento, já que seus produtos, além de totalmente saudáveis, têm durabilidade muito maior.
Entre os adeptos dos alimentos orgânicos este Cleide Pereira da Silva, funcionária do Sebrae/RO. “A gente se informa, recebe orientação de especialistas, mas não encontra os produtos nos supermercados. As hortaliças duram mais, além de ser altamente saudáveis”, diz ela.
Caminho
O produtor orgânico que semanalmente comparece ao Sebrae é Ronaldo de Mattos, presidente da Associação de Agricultores Agroecológicos de Porto Velho. “Essas feiras são o caminho. Não deixam de ser uma venda direta ao consumidor, que compra produtos mais baratos que nos mercados, onde os preços são diferenciados”, diz ele.
A tecnologia Pais em Porto Velho tem a parceria do governo federal, FBB, prefeitura, Semagric, Emater, Embrapa, Seagri e Sebrae.
Ronaldo diz que está em estudo o mesmo tipo de atuação em condomínios residenciais. “Faremos uma espécie de kit com os produtos para oferecer aos moradores”.
Pais é a tecnologia social que atende a pequenas propriedades familiares na produção de alimentos cultivados com biofertilizantes e bioinseticidas no lugar de agrotóxicos, e que vendem a produção além da necessária para o próprio sustento.
Três exemplos ocorrem semanalmente em instituições como o Sebrae, a Emater e a Embrapa, em Porto Velho (RO). Uma vez na semana, um produtor expõe e comercializa parte de sua produção de hortaliças, frutos e verduras.
Atendendo a encomendas, ou em vendas espontâneas, esses produtores cativam novos clientes e adeptos desse tipo de alimento, já que seus produtos, além de totalmente saudáveis, têm durabilidade muito maior.
Entre os adeptos dos alimentos orgânicos este Cleide Pereira da Silva, funcionária do Sebrae/RO. “A gente se informa, recebe orientação de especialistas, mas não encontra os produtos nos supermercados. As hortaliças duram mais, além de ser altamente saudáveis”, diz ela.
Caminho
O produtor orgânico que semanalmente comparece ao Sebrae é Ronaldo de Mattos, presidente da Associação de Agricultores Agroecológicos de Porto Velho. “Essas feiras são o caminho. Não deixam de ser uma venda direta ao consumidor, que compra produtos mais baratos que nos mercados, onde os preços são diferenciados”, diz ele.
A tecnologia Pais em Porto Velho tem a parceria do governo federal, FBB, prefeitura, Semagric, Emater, Embrapa, Seagri e Sebrae.
Ronaldo diz que está em estudo o mesmo tipo de atuação em condomínios residenciais. “Faremos uma espécie de kit com os produtos para oferecer aos moradores”.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
CULTIVO DE ORGÂNICOS MELHORA A VIDA DE FAMÍLIAS NA BAHIA
Além de garantir o alimento mais saudável, a agricultura orgânica tem ajudado na sobrevivência de 30 famílias em uma fazenda localizada no município de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador. Uma das técnicas de cultivo orgânico é o trabalho com o minhocário, que consiste na geração de adubo através de minhocas.
“A gente usa o adubo orgânico nas palmas. Ele planta mais e o custo é menor”, conta a agricultora Eliete Fróes. Segundo os trabalhadores, na fazenda também se usa o caldo de folhas e compostagem, produtos naturais, ricos em nutrientes. “O composto tem que passar por peneira porque ele vem bruto. Depois ele é levado para a lavoura. Nós colocamos no nosso plantio, fazemos as mudas”, relata o produtor Gilson Batista.
Segundo a produtora Josenilda Santos, a utilização do composto melhora a qualidade dos produtos. “As raízes vão buscar os nutrientes do composto e a absorção é bem melhor. Aí a gente também fica com o produto de qualidade, sem ingerir produtos químicos”. Os produtores da fazenda também estão lucrando com a criação de galinhas caipiras, que são alimentadas com ração natural, e com o cultivo orgânico de flores como rosas, por exemplo. “Eles vendem nas feiras livres e alguns clientes vêm diretamente na fazenda para comprar os frangos. Através do incentivo do projeto a gente já começou escalas de comercialização”, conta Vânia Vieira, coordenadora do projeto.
FONTE: http://g1.globo.com/bahia/noticia/2012/09/cultivo-de-produtos-organicos-melhora-vida-de-familias-na-ba.html
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
NO RIO, MORADORES DE FAVELA TÊM HORTA ORGÂNICA EM LAJES
Adelina dos Santos, 52 anos, até brinca - nunca havia ganhado um diploma. O documento não passa de uma prova do que a ex-empregada doméstica, desempregada há dez anos, aprendeu: fazer uma horta de frutas, temperos e legumes orgânicos no quintal da casa em que mora no Morro Chapéu Mangueira, no Leme, zona sul do Rio de Janeiro.
"Quando eu era nova, não gostava de planta. Nada que eu plantasse pegava. Depois que fiquei velha passei a gostar e tudo dá fruta", diz Adelina, que herdou um pé de manga e um de abacate na casa onde mora, ambos plantados por sua mãe.
Depois de um curso que durou quatro meses e ofereceu estrutura para 10 hortas comunitárias - com calhotes e até minhocário para reciclar resíduos orgânicos e transformá-los em adubo -, outros 15 moradores como Adelina foram capacitados não apenas para plantar, mas para saber consumir produtos mais saudáveis. No futuro, o objetivo é que estas pequenas plantações possam até completar o orçamento de suas famílias. A colheita, ao que tudo indica, começa no final do ano.
"Já tenho cinco clientes que querem os produtos e tem até uma amiga minha que quer que eu monte uma horta para ela lá na Ladeira dos Tabajaras (outra favela da zona sul, em Copacabana). Planto cebolinha, salsinha, beterraba, cenoura e feijão. Vou usar as folhas do pé de feijão para adubar a horta", explica, já mostrando um pouco do conhecimento adquirido.
A concretização do projeto, organizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), é uma surpresa para quem nem acreditava que era possível fazer agricultura dentro de casa, na própria laje, numa favela superpovoada.
"Achava que agricultura era no campo. A gente não tinha uma visão de como fazer. Agora nos foi mostrado que numa área mínima se pode fazer", conta Luiz Alberto de Jesus, 52 anos, dono de uma laje ampla onde estão a sua horta e a de mais quatro colegas de curso. "Quando ouvia falar de agricultura orgânica, não tinha conhecimento. Primeiro porque é um produto muito caro. A gente vê isso no comércio, mas não é acessível. Não temos costume de usar. Agora produzindo a gente já sabe e vê que não tem mistério. Não sei por que cobram tão caro."
Já tem morador do Chapéu Mangueira que passa mais tempo na horta do que com a família, reclama a temida Dona Sônia, mulher de João Baptista, ex-motorista e mais um aluno formado pelo curso. Quem conta a história às gargalhadas é ele próprio, que foi proibido de plantar cebolinha pela esposa. "Ela está traumatizada porque escorregou numa cebolinha no supermercado e machucou o joelho. Teve que fazer uma cirurgia, colocou uma placa e cinco pinos. Mas aos poucos a gente vai convencendo", afirma ele, que tem a ajuda do neto Daniel na horta.
A horta de João é uma das mais avançadas da turma e reflete bem o tipo de pensamento que os professores do curso de agricultura orgânica queriam: formar empreendedores. Ele até já iniciou conversas com os colegas para fazer uma feira de produtos orgânicos em pleno Chapéu Mangueira a preços muito mais acessíveis para os moradores.
E mais: quer plantar uma horta dentro da própria casa, derrubando o mito de que é necessário pelo menos um espaço mínimo. "Vou mostrar para eles que é possível, que meu projeto funciona. O pessoal não acredita, nem minha própria esposa. Mas já plantei até romã, maracujá, amora na minha laje. Por que não posso plantar dentro de casa também?"
O curso de agricultura orgânica do CEBDS é o primeiro a ter uma turma formada, mas há outras frentes sendo levadas a cabo no morro do Chapéu Mangueira e Babilônia, como melhorias habitacionais sustentáveis, infraestrutura verde, turismo comunitário, empreendedorismo local, sustentabilidade nas escolas e gestão comunitária de resíduos sólidos. O investimento, na casa de R$ 7 milhões, é feito por empresas privadas parceiras.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
SUPERMERCADO PROMETE BARATEAR O PREÇO DE PRODUTO ORGÂNICO
Um lugar para comprar banana orgânica a preço de banana é o mundo ideal de vegetarianos, ambientalistas e simpatizantes.
Mas, na vida real, o consumidor brasileiro ainda tem que suar para encaixar no orçamento doméstico as compras de alimentos produzidos a partir de princípios chamados sustentáveis, quase sempre muito mais caros que os outros, por isso mesmo.
A proposta do supermercado Apanã, na zona oeste de São Paulo, é inverter essa lógica e democratizar o consumo de produtos que ainda são rotulados como alternativos.
Mercado Apanã, único do gênero, que acaba de ser aberto em Perdizes, zona oeste de São Paulo
Lojas que têm versões orgânicas para todos os itens de uma lista padrão de supermercado e as vendem a preços competitivos são comuns na Europa e nos EUA.
Por aqui, as ofertas de orgânicos e naturais estão pulverizadas em diferentes pontos de venda, a maioria muito mais para empório chique do que para supermercado - com variedade de produtos limitada e preços condizentes com o luxo.
A estratégia do Apanã é oferecer tanto variedade quanto bons preços --na semana passada, o quilo de banana orgânica valia R$ 3,20, contra R$ 4,12 o da banana comum no site do supermercado Pão de Açúcar.
Nem todos os itens são mais baratos que os não orgânicos, mas o lugar está se esforçando para "bater" os preços dos concorrentes diretos. Com alface a R$ 1,50, tomate por R$ 7,90 o quilo e morangos (350 gramas) a R$ 5,69, concorre com grandes chances na categoria "melhores preços" de orgânicos.
Não é só amor à causa. Segundo um dos sócios do Apanã, o português Miguel Carvalho, é lógica de mercado.
Uma pesquisa realizada pelos empreendedores antes da abertura do negócio identificou um milhão de consumidores habituais de orgânicos, naturais e afins na cidade de São Paulo.
Agora, esse público pode se divertir em um só lugar, sem ter que pagar tão mais caro por sua escolha.
Além de hortifrútis, a loja reservou várias prateleiras para produtos de limpeza e para cosméticos naturais.
Há também uma boa oferta de grãos, sementes e frutas secas a granel, e de congelados para a turma que não come carne. O bufê de almoço tem opções de culinária viva, vegana e ovolactovegetariana por R$ 17.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1140165-supermercado-promete-baratear-o-preco-de-produtos-organicos.shtml
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
ALIMENTOS ORGÂNICOS ESTÃO MAIS ACESSÍVEIS
A chef Teresa Corção vai à feira e enche a geladeira por uma semana, com R$ 50,00.
RIO - O que se faz em uma feira de orgânicos com R$ 50? Enche a despensa de duas pessoas, por um semana, como mostra a chef Teresa Corção, presidente do Instituto Maniva, em uma visita à feira da Praça Nossa Senhora da Paz, que acontece às terças, em Ipanema. A convite do GLOBO, a chef, que tem levantado a bandeira em defesa desses produtos, mostra como é possível encontrar itens a preços cada vez mais competitivos.
A cesta de Teresa leva mostarda roxa (R$ 2), espinafre (R$ 2), um dúzia de limão galego (R$ 5), meio quilo de cebola (R$ 3), um litro de leite ( R$ 6,50), 1 quilo de feijão (R$ 7) e outro de arroz agulha (R$ 7,50), erva cidreira (R$1,50), alface romana (R$ 1,50), um molho de cenoura (R$ 3) e outro de beterraba (R$ 3), rúcula (R$ 2), 1/2 quilo de maçã (R$ 4), 1/2 dúzia de ovos (R$ 2,50), taioba (R$ 2) e uma lima, para fechar conta, por R$0,50.
- Só de ver o colorido já dá para ver o valor. Aqui tem muita clorofila, ferro, vitamina C, vitamina K, proteína animal, carboidratos e frutas - diz, enquanto observa a cesta ao final das compras.
A grande diferença, como ela aponta, é que absolutamente todas as partes das hortaliças e legumes podem - e devem - ser aproveitadas na hora das refeições.
- Diferente de um produto tradicional, em que o alimento está completamente tomado por agrotóxicos, estes são totalmente nutritivos - explica, citando talos de salsa e espinafre, como exemplo, além da folhagem da cenoura que pode virar um molho pesto.
Outro ponto destacado por ela é a garantia de frescor dos alimentos. É o caso das hortaliças vendidas na barraca de Fátima Anselmo. A produtora de Areal colhe os vegetais no fim da tarde anterior à feira e, às 3h, segue para o Rio para comercializá-los.
- As pessoas cuidam de seus produtos como se fossem filhos. Elas têm orgulho de mostrar o que acabaram de colher.
Na concepção de Teresa, além de ser um hábito saudável, dar preferência a esse tipo de produto, não deixa de ser uma ação de cidadania. Isso porque, os orgânicos contam com selos que garantem a não utilização de substâncias químicas e até mesmo mão de obra infantil. Além disso, por conta de serem, muitas vezes, oriundos da agricultura familiar, há menos emissão de gás carbônico no transporte, já que esses alimentos vêm de regiões próximas à cidade.
Preços competitivos
Há pouco mais de dois anos, há única feira nesse perfil existente na cidade era a da Glória. Hoje, elas já acontecem em seis pontos da cidade, formando o Circuito Carioca (veja os locais abaixo), que envolve 110 produtores associados e movimenta cerca de 2,5 milhões por ano. Gerente de três feiras do grupo, Carlos Alberto Serafini trabalha com agricultura orgânica desde 1988. Segundo ele, o sucesso desse comércio já representa uma transformação social no campo, em que o ramo voltou a ser atrativo para muitos trabalhadores.
- Além disso, visto a estabilidade trazida pelo circuito, está havendo uma migração de produtores convencionais para o orgânico.
Já para o consumidor, a feira guarda uma vantagem extra, segundo Serafini. Há um acordo com a Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Solidário em que as feiras precisam atuar dentro dos princípios do comércio justo. Dessa forma, há um compromisso da parte dos produtores em vender os alimentos com preços até 40% mais baratos que os similares orgânicos encontrados nos supermercados da região.
FONTE: http://oglobo.globo.com/rio-gastronomia-2012/alimentos-organicos-estao-mais-acessiveis-5898208
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
DECRETO CRIA POLÍTICA DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA
Com objetivo de articular e adequar políticas, programas e ações voltados para o desenvolvimento da agricultura sustentável, o Decreto nº 7.794, publicado no Diário Oficial da União (DOU) de ontem (21/08/12), institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo).
Desde 2010, ocorrem reuniões, encontros e discussões para elaboração de uma política específica para o desenvolvimento da agricultura orgânica, de forma a possibilitar o uso mais racional dos recursos públicos aplicados para o setor e mais eficiência e eficácia das políticas públicas.
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho entende as preocupações da sociedade na busca pela construção de processos produtivos sustentáveis atrelados à importância da produção e consumo de alimentos seguros e saudáveis. Desta forma, Mendes Ribeiro destaca o papel do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) na implementação de mecanismos de controle para garantir a qualidade dos produtos orgânicos e por uma série de iniciativas e projetos que visam a promover a produção desse tipo de alimento no Brasil.
"Todo esse trabalho vem sendo desenvolvido em articulação com várias outras entidades do setor público e da sociedade civil e deverá ser agora fortalecido com a criação da Pnapo", afirmou o ministro.
Além de mecanismos de financiamentos e crédito rural, entre outros, o instrumento norteador do Pnapo será o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo) que incluirá a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo) e a Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo).
A Cnapo deverá promover a participação da sociedade na elaboração e no acompanhamento da Pnapo e do Planapo. A comissão é formada por 14 representantes de órgãos e entidades do Governo Federal (ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Meio Ambiente, Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia e Inovação e Pesca e Aquicultura e da Secretaria-Geral da Presidência da República) e 14 de entidades da sociedade civil.
Compete à Ciapo elaborar, em até 180 dias, proposta do Planapo. Esta Câmara será formada por representantes dos mesmos órgãos governamentais, além do Ministério da Fazenda, e de entidades da sociedade civil.
FONTE: http://www.agrosoft.org.br/agropag/222610.htm
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
O QUE SÃO COSMÉTICOS ORGÂNICOS
A palavra “orgânico” tem se tornado cada vez mais comum no cotidiano das pessoas, os produtos orgânicos são mais saudáveis tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente, mas essa técnica, que antes era encontrada apenas em alimentos, invadiu o mundo dos cosméticos. Entenda um pouco as diferenças desses produtos e como se deve usá-los.
Primeiramente, é importante entender que as fórmulas dos cosméticos orgânicos são mais suaves e hipoalergênicas, isso significa que não são utilizados componentes artificiais e nenhum tipo de ingrediente sintético, o que faz muito bem para a pele, além de geram um impacto ambiental bem menor. O interessante é que as marcas que produzem esses produtos precisam estar devidamente certificadas e autorizadas por órgãos específicos. Até as embalagens precisam ser recicláveis e biodegradáveis.
Uma das vantagens dos cosméticos orgânicos é o cheiro. Como os aromas são “naturais”, eles são agradáveis e geram bem-estar e equilíbrio, atuando como aromaterapia para os sistemas nervoso e respiratório.
A técnica já correu o mundo e diversas indústrias brasileiras seguem com a produção orgânica, alguns exemplos são: linha Natura Ekos, Éh Cosméticos, Amazônia Natural, Cassiopéia, Surya Brasil, Amazon Secrets e Sejaa. Essas marcas se utilizam das chamadas matérias-primas renováveis. Além disso, elas não utilizam de maneira nenhuma de flores e frutas em extinção e ainda se preocupam em fazer um replantio planejado do que retiram da natureza, dessa forma não prejudicam o solo. Também existe uma preocupação em beneficiar social e economicamente as comunidades envolvidas na produção, como produtores locais e camponeses, que culturalmente não agridem a natureza.
É importante conscientizar-se da importância desses produtos, eles são fáceis de serem encontrados e vale muito a pena experimentar!
FONTE: http://www.aprocura.com.br/o-que-sao-cosmeticos-organicos.html
CONSUMIDOR VALORIZA PRODUTOS ORGÂNICOS, MAS NÃO ABANDONA SACOLINHA
Um levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente mostra que a maioria dos consumidores brasileiros está motivada a comprar produtos fabricados de maneira ambientalmente correta. Segundo o estudo, 85% dos entrevistados se declararam mais propensos à compra de produtos fabricados sem agredir o meio ambiente.
Na mesma pesquisa, 81% afirmaram que teriam maior interesse em alimentos cultivados organicamente. Segundo Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, "a tendência no Brasil, hoje, é de valorizar e comprar o orgânico", ainda que os preços atrapalhem.
Apesar disso, a secretária destacou que os brasileiros mantêm um costume muito prejudicial ao meio ambiente: o uso de sacolas plásticas. A pesquisa mostrou que 58% dos entrevistados nunca levaram a própria sacola ou carrinho para as compras. Além disso 59% não tentaram evitar o uso das sacolinhas.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
Na mesma pesquisa, 81% afirmaram que teriam maior interesse em alimentos cultivados organicamente. Segundo Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, "a tendência no Brasil, hoje, é de valorizar e comprar o orgânico", ainda que os preços atrapalhem.
Apesar disso, a secretária destacou que os brasileiros mantêm um costume muito prejudicial ao meio ambiente: o uso de sacolas plásticas. A pesquisa mostrou que 58% dos entrevistados nunca levaram a própria sacola ou carrinho para as compras. Além disso 59% não tentaram evitar o uso das sacolinhas.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
MERCADO DE ORGÂNICOS EM CAMPINAS FAZ ENTREGAS À DOMICÍLIO
Para facilitar o acesso de alimentos orgânicos, o Ecomercado Avis rara, empório de produtos orgânicos de Campinas, traz uma nova possibilidade para seus consumidores: a entrega em domicílio.
Segundo Catarina Menucci, idealizadora do Avis rara, o espaço é “um antigo sonho de 20 anos, de criar um espaço de convivência, onde as pessoas possam exercitar o Consumo Consciente em todas as áreas da vida; um modelo inspirador de vida mais sustentável e completo; um espaço onde podemos ‘cocriar’ um mundo mais harmonioso, saudável e justo. O delivery foi criado para facilitar a vida do cliente que não tem tempo ou possibilidade de vir pessoalmente fazer suas compras orgânicas”. Além do empório, o Avis rara abriga também livraria, galeria de arte e serviços como bioarquitetura, paisagismo e ecoturismo.
Ainda segundo Catarina, o serviço já é utilizado principalmente por pais com crianças pequenas, pessoas com ritmo de vida corrido ou que moram em regiões mais distantes da localização da loja física.
Para quem é de Campinas e região: os produtos podem ser escolhidos no site da Avis rara. As entregas são realizadas às sextas-feiras apenas para os pedidos com valor acima de R$ 50,00, na cidade e em regiões vizinhas.
FONTE: http://atitudesustentavel.uol.com.br/blog/2012/08/16/mercado-de-organicos-de-campinas-faz-entrega-em-domicilio/
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
MERCADO DE ORGÂNICOS CONQUISTA SEU ESPAÇO
Com o aumento por demanda por produtos saudáveis e sustentáveis, a indústria de alimentos orgânicos cresce e ganha espaço no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Orgânicos e Biologicamente Sustentáveis (BrasilBio), no ano passado, o setor movimentou cerca de R$ 600 milhões no País e as previsões para este ano são de que o mercado crescerá mais de 20%, chegando a movimentar R$ 800 milhões.
Segundo a pesquisa The Future Report Food – que aponta preferências globais do setor de alimentos – existe uma nova tendência que cultua a saúde e isso reflete diretamente em como as pessoas se alimentam. Assim, orgânicos, mercadorias produzidas de forma eticamente correta e alimentos funcionais são altamente valorizados no mercado.
A pesquisa também destaca que, no Brasil, alimentos orgânicos vêm atrelados a certo status. "Esses produtos são considerados chiques e têm crescido 40% nos últimos anos, dez a mais do que a média mundial", afirma Paulo Al-Assal, CEO da consultoria Voltage e um dos especialistas brasileiros em tendências.
Um exemplo desse "status" são os frangos orgânicos da Korin Agropecuária, que chegam a custar 30% a mais do que os frangos normais e mesmo assim têm altos índices de vendas. Com faturamento de R$ 50 milhões em 2011 e crescimento de 25% ao ano, a empresa investe nas franquias de suas lojas para fortalecer a presença em grandes centros do País.
Pioneira na criação de frangos orgânicos, isto é, livres de antibióticos e de promotores artificiais de crescimento, a empresa planeja terminar 2012 com mais 15 lojas. Hoje, a Korin tem duas franquias, uma no bairro de Vila Mariana, em São Paulo e outra na cidade de Natal (RN), além das cinco outras lojas que estão em construção.
Ovos – Criada em 1994, a Korin aposta na forma japonesa de criação de frangos. Foi a primeira no País a produzir ovos a partir de galinhas criadas soltas, com alimentação totalmente vegetal e livre de antibióticos, pensando no bem-estar do animal. Além de produzirem frango, também oferecem uma linha de ovos com a mesma filosofia, e frutas, verduras e legumes orgânicos. Segundo Luiz Carlos Demattê, gerente industrial da empresa, um fator que contribuiu para o crescimento da Korin foi a regulamentação dos produtos, alcançada com a Lei dos Orgânicos. A Lei, que entrou em vigor em 2011, certifica que apenas os produtos com o selo federal de conformidade orgânica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) sejam comercializados. Para Demattê, a legislação trouxe mais credibilidade aos produtores. "Hoje, os empresários têm mais confiança para investir no mercado e o consumidor em comprar os produtos."
Grandes marcas exploram os produtos funcionais
Seguindo a onda dos alimentos saudáveis, grandes marcas estão investindo na produção de alimentos funcionais no Brasil.
Com propriedades que colaboram para melhorar o metabolismo do corpo, além de fornecerem a nutrição básica, estes alimentos prometem ao consumidor moderno benefícios adicionais à saúde.
Com o mercado em alta, a previsão para o faturamento global em 2014 é a de US$ 29,8 bilhões.
Marcas como Danone e Beauty’In aproveitaram as oportunidades e lançaram linhas especiais de alimentos com propriedades funcionais. O iogurte Activia, por exemplo, lançado em 2004 pela Danone, contém probióticos que ajudam a manter o intestino funcionando. A Becel, por outro lado, aposta na saúde do coração e lança linhas de alimentos funcionais com propriedades que diminuem o colesterol do consumidor, conforme informado.
MINISTRA DEFENDE A AMPLIAÇÃO DO CONSUMO DE ORGÂNICOS NO PAÍS
O consumo de produtos orgânicos no País não pode ficar restrito apenas às classes média e alta. A afirmação é da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. "As práticas já existem no Brasil, precisamos ganhar escala", defende Izabella.
Para Izabella, ainda falta levar os produtos para a rotina do cidadão comum. Segundo a ministra, o Brasil está em um momento de grandes discussões sobre a agroecologia e produção orgânica. "Acredito que estamos na reta final da discussão, no âmbito do governo, do que seria o Programa Nacional de Agroecologia. Nós entendemos que é um dos assuntos prioritários não só pela questão do meio ambiente por causa da sustentabilidade, mas por produzir alimentos mais saudáveis."
Por serem produzidos sem uso de agrotóxicos, adubos químicos ou hormônios, esses alimentos são mais saudáveis e não agridem o meio ambiente. A deputada e idealizadora da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica, Luci Choinacki, diz que as famílias brasileiras devem se preocupar mais com os alimentos que consomem. "O alface, o feijão, não nascem no supermercado, passam por um longo processo até chegar ali."
Luci explica ainda que a atividade tem outros benefícios. "Além de aspectos ambientais, a atividade considera aspectos sociais, éticos e políticos da agricultura, valoriza os saberes populares, o modo de vida camponês e a economia solidária e ecológica."
FONTE: http://invertia.terra.com.br/sustentabilidade/noticias/0,,OI6068724-EI10411,00-Ministra+defende+ampliacao+do+consumo+de+organicos+no+Pais.html
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
EMPREENDENDO NOS ORGÂNICOS
O mercado de orgânicos ganha mais espaço a cada ano, e muitos empreendedores estão de olho neste segmento. No Rio de Janeiro, o bairro da Tijuca ganhou mais uma loja dedicada a produtos orgânicos, é a Naturalmente Orgânicos e Naturais.
A loja conta com produtos como doces, geleias com e sem açúcar, mel, lacticínios, grãos, cereais, entre outros. Semanalmente a lista de ofertas com mais de 150 itens é atualizada. A loja oferece também, às terças, quintas e sábados, uma feirinha com verduras, frutas e legumes orgânicos.
A loja conta com produtos como doces, geleias com e sem açúcar, mel, lacticínios, grãos, cereais, entre outros. Semanalmente a lista de ofertas com mais de 150 itens é atualizada. A loja oferece também, às terças, quintas e sábados, uma feirinha com verduras, frutas e legumes orgânicos.
Fazendo cadastro por telefone, e-mail, ou pelo site, você recebe semanalmente a relação de produtos disponíveis e pode fazer seu pedido online entrando em contato com pedido@naturalmenteorganicos.com.br.
A entrega é feita em domicílio, em horário comercial, às terças, quintas e sábados. Os bairros atendidos por esse serviço são: Tijuca, Vila Isabel, Grajaú, Estácio, Rio Comprido e Usina, não há cobrança de taxa de entrega.
FONTE: http://www.organicsnet.com.br/2012/08/nova-loja-de-organicos-na-tijuca/
A entrega é feita em domicílio, em horário comercial, às terças, quintas e sábados. Os bairros atendidos por esse serviço são: Tijuca, Vila Isabel, Grajaú, Estácio, Rio Comprido e Usina, não há cobrança de taxa de entrega.
FONTE: http://www.organicsnet.com.br/2012/08/nova-loja-de-organicos-na-tijuca/
SUPERMERCADO DE ORGÂNICOS
Já imaginou um supermercado só de orgânicos?
Pois bem, conheça o WHOLEFOODS.
A rede trabalha somente com produtos orgânicos nos EUA, Canadá e Inglaterra.
Pois bem, conheça o WHOLEFOODS.
A rede trabalha somente com produtos orgânicos nos EUA, Canadá e Inglaterra.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
PRODUTOS ORGÂNICOS: BENEFÍCIOS PARA SUA SAÚDE E DO PLANETA
A preocupação com a saúde, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente, têm feito muitos consumidores optarem por produtos orgânicos. Frutas, verduras, hortaliças, carnes e cereais são exemplos de alimentos produzidos de forma sustentável que tem ganhado espaço no cenário mundial.
A alimentação orgânica se preocupa com o que chega ao nosso prato, desde a produção até a hora do consumo. Afinal, o alimento orgânico não é simplesmente aquele que é produzido sem o uso de agrotóxicos. Toda a cadeia produtiva, desde o plantio até a venda, é manejada de forma a evitar danos ao meio ambiente. Ou seja, de maneira sustentável.
Mas o que são alimentos orgânicos?
São alimentos produzidos sem a utilização de agrotóxicos ou insumos artificiais como inseticidas, herbicidas, fungicidas ou adubos químicos. Além disso, produtores de carnes, laticínios, aves e ovos orgânicos utilizam 100% de alimentação orgânica para os animais, evitam o uso de hormônios de crescimento e antibióticos. Os animais são criados ao ar livre, com áreas de exercício, abrigo, ar fresco e luz solar direta adequados para a espécie.
Por não utilizarem produtos químicos no processo de cultivo, o risco de contaminação do solo e dos lençóis freáticos é reduzido, agredindo menos o meio ambiente. O controle de pragas e ervas daninhas é feito manualmente, com foco na prevenção. Além disso, preservam a fertilidade do solo, a qualidade da água, da vida silvestre e dos demais recursos naturais. A saúde das plantas, o bem-estar animal e a biodiversidade nas propriedades rurais também são valorizados. No processo de produção, toma-se muito cuidado para que não haja destruição e desgaste do solo. Este é protegido ou recuperado para continuar fértil. O resultado é um dano mínimo ao ecossistema.
Quando o solo é tratado com substâncias químicas, há liberação de grande quantidade de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso. A agricultura orgânica pode reduzir em cerca de 25% o aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras.
Outro ponto a destacar em relação à agricultura orgânica é a não produção de alimentos transgênicos ou alimentos geneticamente modificados. Eles alteram o equilíbrio natural dos ecossistemas e tendem a substituir espécies e acabar com a variabilidade genética, a capacidade que os organismos têm de se adaptar a um ecossistema ao longo de gerações.
Por serem isentos de contaminação química e produzidos em solos balanceados e fertilizados com adubos naturais, os orgânicos possuem maior teor de vitaminas, minerais, antioxidantes quando comparados aos alimentos cultivados de forma tradicional. Seu sabor, cor e aroma também são superiores. São isentos de substâncias tóxicas e nocivas à saúde. Dessa forma, protegemos nossa saúde e a de nossos familiares.
Cuidar do nosso planeta é um desafio que deve ser assumido por cada um de nós. Pequenos atos como consumir alimentos orgânicos e reduzir a ingestão de carnes, podem fazer grande diferença para o meio ambiente e ajudar o planeta a se recuperar da degradação sofrida no último século.
Sendo assim, devemos incentivar e disseminar atitudes e informações que visam a preservação do nosso ecossitema.
FONTE: Bruna Murta - nutricionista da rede Mundo Verde.
http://www.mundoverde.com.br/Noticia/2012/08/03/Produtos-organicos:-beneficios-para-a-sua-saude-e-do-planeta!/
sábado, 4 de agosto de 2012
A VENDA DE ORGÂNICOS NAS REDES VAREJISTAS DE JALES (SP): FRAGILIDADES E OPORTUNIDADES
O artigo desenvolvido por Odivaldo Herreira Falchi e Adriana de Souza Colombo (FACULDADE DE TECNOLOGIA DE JALES - FATEC JALES-SP), apresenta a forma como esses produtos são apresentados pelas redes varejistas de Jales-SP aos consumidores e levanta alguns entraves do seu comércio.
A pesquisa foi realizada em oito supermercados e uma quitanda do município de Jales, por meio do levantamento dos produtos orgânicos disponíveis e sua forma de apresentação, além de entrevista com os responsáveis pelos estabelecimentos.
A falta de fornecedores é a causa principal da baixa disponibilidade desses produtos. Essa carência é explícita apesar de a região de Jales ter como potencial o grande número de produtores familiares, que poderiam produzir orgânicos.
Destaca-se a baixa demanda local pelos produtos orgânicos, além do custo elevado do produto no mercado, comparado aos convencionais.
A conscientização em relação à alimentação orgânica é fator chave para o desenvolvimento desse nicho de mercado.
O artigo foi apresentado no 50º Congresso da SOBER, em Vitória-ES, em 2012 e pode ser conferido na integra aqui.
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
ENCONTRO APROXIMA PRODUTORES ORGÂNICOS DE RESTAURANTES
Com o interesse cada vez maior dos consumidores por alimentos livres de insumos químicos, agricultores que buscam mais oportunidades comerciais nesse mercado participaram do Encontro de Negócios Produtos Orgânicos e Restaurantes.
A iniciativa faz parte da programação do XII Salão de Alimentação – Alimenta, realizado pelo Sebrae no Distrito Federal, com apoio do Sebrae Nacional. Herondina Garcia, consultora do Sebrae, disse que o encontro de negócios é proveitoso para as duas partes. “Os produtores mostram o que têm de melhor e os compradores apresentam suas necessidades”, resumiu.
Ademir Gudrin, proprietário do restaurante Panelinha Brasileira, em Brasília, disse que quer introduzir os alimentos orgânicos em seu cardápio. Por isso participou do encontro. “Quero saber quem são os produtores, quais as garantias que tenho ao adquirir esses gêneros e como lidar com a sazonalidade”, revelou. Ademir lembra que hoje há forte demanda dos clientes por refeições mais saudáveis, o que passa necessariamente pela agricultura orgânica.
Hermes Jannuzzi é proprietário do Sítio Corujinha e membro da Cooperativa dos Produtores Orgânicos do Distrito Federal (Cooperorg). Ele veio ao Alimenta para entrar em contato com possíveis compradores e falar sobre a sua atividade. Hermes cultiva 25 tipos de alimentos, entre verduras, hortaliças e batatas. “Estamos aqui para falar da nossa filosofia e saber como podemos atender aos clientes”, informou o agricultor.
O dono do Sítio Corujinha elogiou a iniciativa do encontro e o papel do Sebrae junto às pequenas propriedades. “O Sebrae nos apoia na certificação do empreendimento, na assistência técnica e na qualificação profissional. É um grande parceiro”, destacou.
FONTE: http://www.agenciasebrae.com.br/noticia/16791184/ultimas-noticias/encontro-aproxima-produtores-organicos-de-restaurantes/
A iniciativa faz parte da programação do XII Salão de Alimentação – Alimenta, realizado pelo Sebrae no Distrito Federal, com apoio do Sebrae Nacional. Herondina Garcia, consultora do Sebrae, disse que o encontro de negócios é proveitoso para as duas partes. “Os produtores mostram o que têm de melhor e os compradores apresentam suas necessidades”, resumiu.
Ademir Gudrin, proprietário do restaurante Panelinha Brasileira, em Brasília, disse que quer introduzir os alimentos orgânicos em seu cardápio. Por isso participou do encontro. “Quero saber quem são os produtores, quais as garantias que tenho ao adquirir esses gêneros e como lidar com a sazonalidade”, revelou. Ademir lembra que hoje há forte demanda dos clientes por refeições mais saudáveis, o que passa necessariamente pela agricultura orgânica.
Hermes Jannuzzi é proprietário do Sítio Corujinha e membro da Cooperativa dos Produtores Orgânicos do Distrito Federal (Cooperorg). Ele veio ao Alimenta para entrar em contato com possíveis compradores e falar sobre a sua atividade. Hermes cultiva 25 tipos de alimentos, entre verduras, hortaliças e batatas. “Estamos aqui para falar da nossa filosofia e saber como podemos atender aos clientes”, informou o agricultor.
O dono do Sítio Corujinha elogiou a iniciativa do encontro e o papel do Sebrae junto às pequenas propriedades. “O Sebrae nos apoia na certificação do empreendimento, na assistência técnica e na qualificação profissional. É um grande parceiro”, destacou.
FONTE: http://www.agenciasebrae.com.br/noticia/16791184/ultimas-noticias/encontro-aproxima-produtores-organicos-de-restaurantes/
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO APRESENTA PROJETO COPA ORGÂNICA E SUSTENTÁVEL
O mercado orgânicos no Brasil tem uma taxa anual de crescimento de 20%, somando cerca de 90 mil produtores, sendo 90% agricultores familiares, agroecológicos e orgânicos.
O Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) apresentou na tarde desta terça-feira (31.07), na sede da Secopa, em Cuiabá, o projeto Copa Orgânica e Sustentável, que tem como principal meta promover o consumo de produtos orgânicos durante o Mundial de 2014.
"A Copa Orgânica e Sustentável deixará como legado uma cadeia produtiva mais estruturada, uma demanda diferenciada que promoverá inserção social, geração de emprego e renda e preservação ambiental", disse a consultora do MDA, Laura de Souza, durante apresentação para representantes da Secopa, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Empaer, prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, Senac, Secretaria Estadual de Desenvolvimento do Turismo (Sedtur), Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O projeto foi detalhado também pela consultora Maria Beatriz Costa, do Planeta Orgânico, entidade que é parceira no MDA nessa iniciativa, que conta ainda com o apoio do setor hoteleiro e de supermercados.
O mercado orgânicos no Brasil tem uma taxa anual de crescimento de 20%, somando cerca de 90 mil produtores, sendo 90% agricultores familiares, agroecológicos e orgânicos. O Governo Federal pretende aproveitar a realização de grandes eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 para aumentar o nível de conhecimento do consumidor e incentivar o consumo de produtos orgânicos e sustentáveis. Para atingir essa meta é necessário ampliar e qualificar as políticas públicas para o setor, fortalecendo todas as cadeias de produção, além de qualificar e diversificar os canais de comercialização desses produtos.
O coordenador das Câmaras Temáticas da Copa do Mundo em Mato Grosso, Paulo Fernandes, definiu para próxima sexta-feira (03.08) uma reunião com órgãos que participam do Núcleo Copa Orgânica da Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade para definir as ações regionais que serão desenvolvidas sob a coordenação da Sedraf. A ideia é fazer um diagnóstico do setor e propor ações para estruturar de forma sustentável a cadeia produtiva para então participar da campanha do MDA.
FONTE: http://www.expressomt.com.br/economia-agronegocio/ministerio-do-desenvolvimento-agrario-apresenta-projeto-copa-24852.html
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
MESMO SEM AGROTÓXICOS, ORGÂNICOS NECESSITAM DE CUIDADOS DE LIMPEZA
O consumo de alimentos orgânicos tem registrado crescimento no Brasil. Apesar de não levarem agrotóxicos, os produtos desse tipo, assim como os alimentos convencionais, também precisam ser lavados antes de serem ingeridos.
Segundo estatísticas, um em cada seis habitantes das grandes cidades consome alimentos orgânicos ao menos uma vez por semana. No entanto apenas 2% dos agricultores produzem alimentos sem agrotóxicos.
Conforme o produtor Fábio Higas, o manejo desses alimentos, assim como o dos convencionais, passa por diversas etapas e, consequentemente, pelas mãos de muitas pessoas, o que justifica a necessidade de cuidados de higiene no preparo para o consumo.
"Em casa, as pessoas só fazem a limpeza, não a sanitização, que é importante para retirar as bactérias", disse a nutricionista da Emater, Letícia Pastor.
A nutricionista alerta para a importância da limpeza dos alimentos antes do consumo e explica que o procedimento é fundamental para evitar problemas de saúde, principalmente os de origem gastrintestinal.
domingo, 29 de julho de 2012
JOVEM EMPREENDEDOR VENDE ORGÂNICOS PELA INTERNET
Uma das muitas desculpas dos brasileiros para não consumir produtos orgânicos é o preço alto em comparação aos cultivados com agrotóxicos. Além das peculiaridades do cultivo, embalagens e revenda para supermercados encarem ainda mais os orgânicos.
Com espírito e mente voltados para a sustentabilidade do homem e do planeta, João Lucas Castanha, de 24 anos, tem um projeto na cabeça e apenas um computador na mão. Sem investir um real sequer, ele e o amigo Jorge Frota criaram a micro empresa Orgânico Coletivo.
“A ideia é criar grupos de consumidores responsáveis que compram orgânicos diretamente dos produtores”, explica João. Ele diz que a empresa é, antes de tudo, um empreendimento social, porque surgiu da necessidade de melhorar o acesso aos produtos orgânicos, com preços mais baixos (já que é comprado diretamente do produtor)e fortalece a cadeia produtiva do Estado.
“Em breve devemos lançar um site onde as pessoas possam encomendar os produtos”, diz. Hoje,o esquema é o seguinte: os empreendedores mandam uma lista de mais de 200 produtos orgânicos para o email dos consumidores. Eles escolhem a quantidade e os produtos que quiserem. A lista automaticamente soma os valores e acrescenta uma cota de 20%, para os custos de logística da entrega.
“Mesmo com a cota, ele paga menos. Os produtos são de 200% a 300% mais baratos que os comprados no supermercado”, afirma João.
A ideia do Orgânico Coletivo surgiu no começo deste ano. Já fez 17 encomendas para grupos de 10 a 12 pessoas.
“Até agora, não tenho tido lucro, mas estamos focando na formação de grupos maiores, como em bancos, empresas. Quero tirar desse negócio minha sobrevivência”, diz o rapaz que já tem um filho de alguns meses para sustentar, o pequeno Bento Terra.
NEGÓCIOS DA SUSTENTABILIDADE
Gente que produz e comercializa frutas e verduras livres de agrotóxicos vê nesse negócio a combinação perfeita entre geração de renda e sustentabilidade para as famílias no Ceará
Se o desafio do homem hoje é aliar desenvolvimento econômico e humano à sustentabilidade do planeta, há um negócio que gente daqui investe com gosto e que tem se mostrado modelo para Greenpeace nenhum botar defeito. É a produção e venda de produtos orgânicos no Ceará.
Socorro Aguiar, de 67 anos de idade, é uma das empreendedoras desse negócio sustentável. Depois de 20 anos de agricultura convencional em Tianguá, ela e o marido resolveram investir na plantação orgânica, livre de agrotóxicos. Hoje, o sítio Santa Maria, de 148 hectares, fornece frutas e verduras orgânicas para grandes supermercados, como Pão de Açúcar e Mercadinhos São Luiz.
“No começo, usávamos agrotóxicos. Mas a terra cansou. Ficou fraca. Depois de algumas conversas com o Serviço brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae) e instituições de assistência agrícola, vimos na produção orgânica uma forma sustentável de manter a terra fértil e, assim, nosso negócio também”, explica Socorro.
Ela conta que a transição para a produção orgânica não foi fácil. “Tem que deixar a terra descansando dois anos, antes de começar. Tem que produzir o próprio adubo e defensivos naturais”, diz. Um dos curiosos defensivos elaborados é o de alho e pimenta. “Batemos no liquidificador e borrifamos nas plantas”, diz. Tudo aprendido com técnicos do Ministério da Agricultura e do Sebrae.
Negócio certificadoPara adquirir a certificação do IBD Certificações e conseguir o selo Produto Orgânico do Brasil (de padrão internacional, segundo o Ministério da Agricultura), foram mais investimentos e paciência. “Quanto investimos? Nem sei. Meu marido e o contador controlam isso, mas pode botar umas dezenas de carros aí”, compara a empreendedora, que hoje produz 40 alimentos orgânicos certificados.
Mas o casal empreendedor não parou por aí. Depois de conseguir, há 5 anos, o selo que permite até a exportação da produção, eles resolveram montar uma mercearia de orgânicos em Fortaleza. “Gente para quem vendíamos aqui na Cidade pedia muito para que tivéssemos um mercadinho em Fortaleza. Então optamos por montar a mercearia Mundo do Orgânico”.
O local escolhido foi a Cidade dos Funcionários, bem perto do Lago Jacarey. “Um lugar com muitas residências e nenhuma loja de orgânico”. Começaram vendendo feijão, banana, hortaliças, mamão, tomate, acerola e até uma simpática abobrinha Copa do Brasil (metade verde, metade amarela). Agora, são 140 produtos orgânicos, passando por 4 tipos de arroz, macarrão, vinhos, óleo de coco e até sabonete e desinfetante.
“O que a gente não produz aqui, importa do Sudeste. Resolvemos variar a oferta, porque a gente quer que o cliente tenha opção, que ele possa resolver tudo no nosso mercado”, afirma Socorro. Ela salienta não ser fácil convencer gente que nunca comeu orgânico a comprar um achocolatado orgânico.
“É por isso que tenho que vender bem meu produto. Acompanhar o cliente na compra e convencê-lo de que está fazendo a melhor opção para saúde dele.
Saiba mais
Os produtos orgânicos são cultivados sem o uso de agrotóxicos, adubos químicos e outras substâncias tóxicas e sintéticas. A ideia é evitar a contaminação dos alimentos ou do meio ambiente. O resultado desse processo são produtos mais saudáveis, nutritivos e com mais qualidade de produção.
O comércio de produtos orgânicos no Brasil, bem como no mundo, depende da relação de confiança entre produtores e consumidores e dos sistemas de controle de qualidade. As leis brasileiras abriram uma exceção à obrigatoriedade de certificação dos produtos orgânicos para agricultura familiar que hoje pode vender os orgânicos diretamente aos consumidores finais. Para isso, porém, os agricultores precisam estar vinculados a uma Organização de Controle Social (OCS).
O Brasil tem 11.904 unidades de produção controladas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A área total do País com certificação orgânica é de 1.722.807,80 hectares certificados. No Nordeste, o campeão em número de unidades controladas de cultivo orgânico é o Piauí, com 768 unidades.
O Ceará tem 620 unidades e 18.200 hectares de área cultivada.
Se o desafio do homem hoje é aliar desenvolvimento econômico e humano à sustentabilidade do planeta, há um negócio que gente daqui investe com gosto e que tem se mostrado modelo para Greenpeace nenhum botar defeito. É a produção e venda de produtos orgânicos no Ceará.
Socorro Aguiar, de 67 anos de idade, é uma das empreendedoras desse negócio sustentável. Depois de 20 anos de agricultura convencional em Tianguá, ela e o marido resolveram investir na plantação orgânica, livre de agrotóxicos. Hoje, o sítio Santa Maria, de 148 hectares, fornece frutas e verduras orgânicas para grandes supermercados, como Pão de Açúcar e Mercadinhos São Luiz.
“No começo, usávamos agrotóxicos. Mas a terra cansou. Ficou fraca. Depois de algumas conversas com o Serviço brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae) e instituições de assistência agrícola, vimos na produção orgânica uma forma sustentável de manter a terra fértil e, assim, nosso negócio também”, explica Socorro.
Ela conta que a transição para a produção orgânica não foi fácil. “Tem que deixar a terra descansando dois anos, antes de começar. Tem que produzir o próprio adubo e defensivos naturais”, diz. Um dos curiosos defensivos elaborados é o de alho e pimenta. “Batemos no liquidificador e borrifamos nas plantas”, diz. Tudo aprendido com técnicos do Ministério da Agricultura e do Sebrae.
Negócio certificadoPara adquirir a certificação do IBD Certificações e conseguir o selo Produto Orgânico do Brasil (de padrão internacional, segundo o Ministério da Agricultura), foram mais investimentos e paciência. “Quanto investimos? Nem sei. Meu marido e o contador controlam isso, mas pode botar umas dezenas de carros aí”, compara a empreendedora, que hoje produz 40 alimentos orgânicos certificados.
Mas o casal empreendedor não parou por aí. Depois de conseguir, há 5 anos, o selo que permite até a exportação da produção, eles resolveram montar uma mercearia de orgânicos em Fortaleza. “Gente para quem vendíamos aqui na Cidade pedia muito para que tivéssemos um mercadinho em Fortaleza. Então optamos por montar a mercearia Mundo do Orgânico”.
O local escolhido foi a Cidade dos Funcionários, bem perto do Lago Jacarey. “Um lugar com muitas residências e nenhuma loja de orgânico”. Começaram vendendo feijão, banana, hortaliças, mamão, tomate, acerola e até uma simpática abobrinha Copa do Brasil (metade verde, metade amarela). Agora, são 140 produtos orgânicos, passando por 4 tipos de arroz, macarrão, vinhos, óleo de coco e até sabonete e desinfetante.
“O que a gente não produz aqui, importa do Sudeste. Resolvemos variar a oferta, porque a gente quer que o cliente tenha opção, que ele possa resolver tudo no nosso mercado”, afirma Socorro. Ela salienta não ser fácil convencer gente que nunca comeu orgânico a comprar um achocolatado orgânico.
“É por isso que tenho que vender bem meu produto. Acompanhar o cliente na compra e convencê-lo de que está fazendo a melhor opção para saúde dele.
Saiba mais
Os produtos orgânicos são cultivados sem o uso de agrotóxicos, adubos químicos e outras substâncias tóxicas e sintéticas. A ideia é evitar a contaminação dos alimentos ou do meio ambiente. O resultado desse processo são produtos mais saudáveis, nutritivos e com mais qualidade de produção.
O comércio de produtos orgânicos no Brasil, bem como no mundo, depende da relação de confiança entre produtores e consumidores e dos sistemas de controle de qualidade. As leis brasileiras abriram uma exceção à obrigatoriedade de certificação dos produtos orgânicos para agricultura familiar que hoje pode vender os orgânicos diretamente aos consumidores finais. Para isso, porém, os agricultores precisam estar vinculados a uma Organização de Controle Social (OCS).
O Brasil tem 11.904 unidades de produção controladas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A área total do País com certificação orgânica é de 1.722.807,80 hectares certificados. No Nordeste, o campeão em número de unidades controladas de cultivo orgânico é o Piauí, com 768 unidades.
O Ceará tem 620 unidades e 18.200 hectares de área cultivada.
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